Boletim Unicap

Emenda parlamentar vai possibilitar construção de auditório no Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da Unicap

O Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da Unicap vai ganhar um novo visual. Uma emenda parlamentar proposta pelo deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) ao orçamento vai possibilitar a construção de um auditório com capacidade para 60 lugares. A verba é de 250 mil reais. Mais que um espaço para acomodar pessoas, o ambiente será montado com a mais alta tecnologia capaz de proporcionar uma imersão digital aos visitantes.

Entre os equipamentos estão projetores de cinema de última geração e óculos de realidade virtual. A coordenadora do Museu, Profª. Drª Roberta Richard Pinto, está em clima de comemoração pela conquista. Ela contou que o projeto havia sido apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) mas não foi aprovado. “Seguimos as diretrizes do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e uma delas incentiva iniciativas para modernização de espaços destinados a valorização do patrimônio cultural a partir de compra de novos equipamentos”.

Foi aí que a coordenadora descobriu a possibilidade do Museu da Católica ser contemplado com uma emenda parlamentar. A partir de uma articulação com a Chefia de Gabinete da Reitoria da Universidade, foi feito contato com o parlamentar que incluiu o projeto em sua cota de emendas.

O auditório vai ser instalado no Palácio da Soledade. “Vamos agregar um enorme valor à Universidade porque Recife ainda não tem nada igual em termos de auditório com imersão digital e com este nível de interatividade”, disse Roberta informando que todo o projeto arquitetônico, que abrange todas as normas de acessibilidade, e o orçamento já estão prontos.

Como emendas parlamentares são aprovadas em um ano para serem executas no ano posterior, a previsão é de que o valor seja liberado até o final de 2020 e o auditório fique pronto até o começo de 2021.

O Museu – Inaugurado em 3 de abril de 1987, o Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da Unicap, com sua exposição permanente intitulada Um cemitério Indígena de 2.000 anos, surgiu com o intuito de divulgar a Pré-História de Pernambuco a partir dos achados arqueológicos da professora Jeannette Maria Dias de Lima.

A coleção científica é constituída em grande parte por remanescentes humanos e diversos outras peças arqueológicas que foram fruto das pesquisas realizadas pela professora no Sítio Arqueológico Furna do Estrago, Município Brejo da Madre de Deus em Pernambuco, nas décadas de 1980 e 1990.

Desde sua inauguração, o Museu vem sendo visitado regularmente por professores, pesquisadores e estudantes das redes pública e privada do estado. Em 2016, o Museu ganhou um novo endereço no Palácio da Soledade que é uma edificação tombada como Patrimônio Histórico do Recife, onde também teve início a Universidade Católica de Pernambuco.

O visitante tem a oportunidade de viajar no tempo, no período dos primeiros homens que habitaram a América do Sul e conhecer o modo de vida de uma comunidade indígena que viveu no Agreste do Estado de Pernambuco há cerca de 2.000 anos, que segundo estudos mais recentes teriam um parentesco próximo a população nordestina atual.

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