Boletim Unicap

As muitas possibilidades oferecidas pelo curso de Ciência da Computação da Unicap

A graduação em Ciência da Computação da Universidade Católica de Pernambuco realizou, na noite do dia 14 de agosto, no Auditório Dom Helder Camara, no térreo do bloco A, sua aula de boas-vindas aos alunos veteranos e novatos do curso, abrindo o segundo semestre de 2018. O objetivo do encontro foi mostrar aos alunos todas as possibilidades que a Universidade Católica disponibiliza para eles.

O coordenador do curso, professor Márcio Bueno, abriu o evento, dando as boas-vindas aos participantes e apresentando a programação da noite. “Hoje nós vamos mostrar as novidades do curso, trazer ex-alunos da Católica que vão falar de suas experiências enquanto alunos e o que conseguiram no mercado de trabalho, graças ao conhecimento diferenciado adquirido na Unicap. Como uma Universidade, a Católica trabalha o ensino, a pesquisa e a extensão”, destacou.

Em seguida, convidou o ex-aluno Lucas Farias, que terminou a graduação recentemente, para apresentar o tema: “A jornada de mil milhas começa com um único passo”. “Obrigado professor Márcio pelo convite. Eu sou Lucas Farias, conclui o curso em 2016.2 e atualmente sou estudante do Mestrado da UFPE. Como o tema diz, a jornada começa com o primeiro passo. A ideia é apresentar minha experiência no decorrer do curso para que vocês saibam o que pode esperar do curso de Ciência da Computação da Unicap”.

“Eu já estive no lugar de vocês com dúvidas sobre o curso e o que ele poderia proporcionar para mim. Vou falar da minha experiência em quatro perspectivas: os eventos, o estágio, a monitoria e a iniciação científica. Nos eventos, eu incluo os projetos das disciplinas, as palestras e os cursos complementares que a Unicap promoveu e que me proporcionaram experiências para o mercado de trabalho.

A segunda perspectiva é o estágio e, como a Unicap está praticamente ao lado do Porto Digital, possibilita oportunidades de desfrutar do mercado de trabalho. Os professores da Católica vão capacitar vocês para atuarem nos principais polos de tecnologia que existem. Então, procurem, desde já, as oportunidades, estudem e se esforcem.

Na terceira perspectiva, a monitoria, eu pergunto: o que seria ser um monitor? Ser monitor é você ter a oportunidade de ajudar outras pessoas em alguma disciplina do curso. Eu, por exemplo, fui monitor em três disciplinas Introdução a Programação I, Arquitetura e Organizador de Computador II e Compiladores. É muito prazeroso estar em sala de aula e ajudar a outras pessoas a aprenderem o conhecimento.

O último tópico, a Iniciação Científica é onde vocês terão a oportunidade de ir além dos conhecimentos da monitoria. Na minha iniciação científica, que eu pude fazer por dois anos, 2015 e 2016, com a professora Clarice Dayse, a quem eu agradeço bastante pela orientação, pesquisei inteligência computacional aplicada a processos biológicos e fiquei muito feliz com essa experiência porque eu observei como a Ciência da Computação pode trabalhar em outras áreas e funcionar muito bem”, relatou o ex-aluno e pesquisador.

Outro ex-aluno a falar sobre suas experiências e vivências no curso de Ciência da Computação da Católica foi Carlos Ottoboni. “Eu não trouxe nenhuma experiência científica. Estou aqui pelo meu lado profissional e vou tentar trazer um pouco da minha trajetória aqui na Católica e como ela conseguiu me colocar onde estou hoje, trabalhando em casa para uma empresa de fora do país. Eu entrei na Católica em 2011 e não sabia programar uma linha de código, nunca tinha visto uma IDE (Integrated Development Environment ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) na minha vida, tinha brincado um pouquinho com HTML (editor de hipertextos, muito utilizado para criação de páginas online e aplicações de web) só uma coisinha bem básica. Quando eu entrei aqui, eu pensava que poderia passar mais tempo na frente do computador, que era o que eu gostava, e dar um motivo para meu pai para eu ficar mais tempo na frente do computador. Só, que o que aconteceu foi totalmente diferente, eu me apaixonei por programação, por desenvolvimento. O mundo é bem maior do que a gente acha que é, porque há tanta coisa para aprender e ainda hoje estou sempre aprendendo, correndo atrás de coisas novas para tentar agregar mais ao meu currículo e conseguir ser um profissional ainda melhor, cada vez mais”, destacou.

Carlos Ottobani falou ainda que em 2012 começou a participar do Programa Institucional de Iniciação Científica – Pibic, com o professor Emerson Lima, que não está mais na Unicap. “Achei muito massa essa experiência científica que a Universidade proporciona para seus alunos. Isso me ajudou muito a crescer na minha formação e,  depois, profissionalmente abriu muitas portas para mim. A maior porta que a Católica disponibilizou para mim foi por meio do professor Eduardo Campelo Júnior, que também saiu da instituição. No quarto período, a gente paga Prática de Programação, ele apresentou para agente Android (sistema operacional baseado no núcleo Linux) na cadeira de Prática de Programação e ele levou a gente para conhecer uma empresa do Porto Digital, chamada Cesar. O ambiente de lá é incrível e eu fiquei apaixonado por tudo aquilo e eu falei que o meu objetivo era entrar no Cesar o quanto antes e crescer o quanto eu pudesse lá dentro. Em 2013, mais ou menos no quinto período do curso, participei do processo seletivo para o estágio do Cesar. Eu e mais quatro alunos da Católica passamos no teste para estagiar lá e a gente começou a trabalhar com desenvolvimento Android, assunto que aprendemos na disciplina Prática de Programação. Quando me formei em 2015, fui contratado como profissional pelo Cesar; em 2017 entrei no Mestrado da UFPE, graças ao currículo que a Unicap proporciona; em julho passado fui sondado por uma empresa de fora do país para trabalhar com desenvolvimento mobile, e hoje eu trabalho de casa para uma empresa dos Estados Unidos desenvolvendo Android. Então, nada disso teria sido possível se não fosse a Católica, se não fosse o professor Eduardo Campelo, lá no terceiro período que introduziu a gente em uma tecnologia nova, à época”, finalizou o agradecido Carlos Ottobani.

A novidade do curso é a Residência de Software e foi apresentada pelo professor Fernando Wandeley aos participantes do encontro. “Há um ano que a gente vem projetando um programa de formação que tem por título Residência de Software. É um termo adotado da residência médica, onde alunos de Medicina, que não têm o contato direto para resolver problemas complexos durante a o curso de Graduação, ao terminarem o curso eles têm que entrar no programa de residência para terem contato com os casos de complexidade real, que é resolver casos clínicos reais acompanhados de um mentor e tutor professor. Em computação, esse processo de Residência de Software está embasado numa metodologia proving based learning, que é o aprendizado baseado em problemas reais”, apresentou o professor Fernando Wanderley.

Continuando, o professor Fernando falou da necessidade do diálogo com essa nova metodologia de ensino, que não é só resolver uma lista de exercício ou acertar os questionamentos dos livros, não apenas isso. “Mas agora a gente quer discutir um problema real, ou seja a gente aqui da Católica, em resumo, estamos começando a fazer parcerias com algumas empresas locais, para se instalar aqui no Laboratório Loyola (1º andar do bloco G) e no período da manhã, três vezes por semana, a gente vai tratar de resolver problemas específicos dessas empresas, com cronograma, com prazos estabelecidos, com entregas, reuniões com o cliente e você, aluno, vai extrair conteúdo através da mentoria de um professor na área de engenharia de software. A gente quer aproximar e dialogar com o mercado. Vamos trazer o mercado para dentro da sala de aula, para dentro do laboratório e vamos colocar vocês em contato com o mercado, para vocês resolverem os problemas reais das empresas. A ideia da residência vem sendo fomentada e discutida através da Quality Consultoria e Treinamento, do Porto Digital, e o coração dessa residência nasceu lá no CIn, Centro de Informática da UFPE, que é exatamente pegar problemas reais, estabelecer um limite para esse problema, fazer uma seleção com os alunos, dividir em fábricas de software, colocar um prazo e botar os alunos para aprenderem. isso vai dar a vocês um currículo de formação avançada”, finalizou o professor Fernando Wanderley.

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