Boletim Unicap

Ciclo de Palestras do Programa de Pós-Graduação em História debate os aparelhos policiais

O Programa de Pós-Graduação em História da Católica promoveu, na noite de quinta-feira (28/09), palestra com o Prof. Dr. Wellington Barbosa, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Ele tratou do tema “A História de um não-assunto ou a História da polícia no Brasil”.

Na sua explanação, ele ressaltou que  “no Brasil contemporâneo, geralmente as pessoas têm uma noção intuitiva do que seja a polícia, qual é o seu trabalho, o que ela faz e como faz. Quase sempre, essa instituição é vista de uma maneira ambígua. Grande parte da sociedade pede cotidianamente a sua presença ostensiva nas ruas (entendendo-a como uma espécie de panaceia para os males da criminalidade). Já outra parcela não menos significativa pede a sua desmilitarização, a sua unificação e até mesmo a sua extinção por ver nela apenas um braço armado do Estado, um aparato repressivo que garante a dominação de classe”.

Segundo ele, a historiografia atual tende a estudar o tema da polícia de maneira diferente. “Sem deixar de vê-la como um aparato repressivo estatal, os historiadores procuram entender essa instituição para além do senso comum. Busca-se, entre outras coisas, uma melhor compreensão sobre seus integrantes (seus perfis étnico, econômico e social), bem como o desenvolvimento de uma cultura policial – não vendo-os como simples marionetes a serviço dos dominantes, mas sim como sujeitos históricos que, inclusive, têm a sua própria perspectiva de Justiça e de combate ao crime. Em suma, os novos estudos sobre a polícia procuram entendê-la a partir de suas diversas formas (muitas vezes tensas e intensas) de se relacionar com a sociedade e com o Estado”, explicou Wellington.

Para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em História da Unicap, Prof. Dr. Tiago César, o balanço do Ciclo de Palestras, até então, vem sendo muito positivo. “Tem sido muito bom. É a oportunidade de lidar com profissionais de grande nível, aprender suas metodologias para diversas áreas e aprender suas propostas de pesquisa. Isso traz um grande capital simbólico”, enfatizou.

 

 

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