Boletim Unicap

Católica recebe professor britânico especialista em agência de notícias

Os cenários, tendências contemporâneas de fluxo de notícias, os múltiplos agentes e as novas audiências foram temas discutidos pelo professor britânico Oliver Boyd-Barrett, da Universidade de Bowling Green (EUA). Ele esteve na Católica ontem (5) à tarde. O encontro reuniu professores, estudantes de jornalismo e profissionais de comunicação no auditório G1. Oliver é um dos maiores especialistas em agências de notícias do mundo. O evento foi realizado pelo curso de Jornalismo da Unicap em parceria com o Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPE e o Consulado Americano no Recife.

De acordo com o professor, o conceito de agência de notícia surgiu nos Estados Unidos em 1850 quando cinco jornais novaiorquinos decidiram reduzir custos da cobertura na Europa. Ele contou que as empresas entraram num acordo e mandaram um número menor de profissionais ao continente. O grupo trazia informações que eram compartilhadas entre os periódicos. Era o início da Associated Press. Atualmente, a AP possui cerca de 1.300 acionistas.

Oliver ressaltou a importância das agências na construção de alicerces e interesses nacionais. Segundo ele, as agências de notícias estatais não podem ser ignoradas. “Nem todos os governos são autoritários. Quem está no poder sempre tem algo a dizer. Mas é importante saber que nenhuma autoridade tem a verdade absoluta”, disse o citar o exemplo da Associated France Press que tem 40% da sua receita vinda do governo francês. “A AFP construiu uma credibilidade que vem desde a 2ª Guerra Mundial”.

Com a difusão da internet, as agências procuram novas formas de ganhar dinheiro e, de acordo com o professor, a segmentação tem sido um caminho seguido por algumas empresas. “A Press Associated, do Reino Unido, desenvolve um serviço de informações climáticas que é fonte de renda bastante significativa. Já a Reuters descobriu há anos o filão do mercado financeiro. Muitos investidores colocam ou tiram dinheiro por decisões baeadas em informações da Reuters. “Nós (jornalistas) precisamos entender os novos modelos de negócios subjacentes à nossa profissão para poder desenvolvê-los”.

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