Boletim Unicap

Católica homenageia mulheres

O encerramento da 9ª Semana da Mulher na Católica foi marcado pela emoção. A organização do evento preparou uma homenagem a seis mulheres que dedicaram parte da suas vidas à Unicap e ajudaram a construir a história da Católica. Foi uma forma de reconhecer gente que faz parte dos 60 anos da Universidade, que serão completados em setembro.

A solenidade aconteceu na noite desta quinta-feira (24) no salão receptivo do bloco R. A abertura contou com a participação do coral do Real Hospital Português que apresentou duas canções: Canta Brasil e o fado lusitano Rosa Branca. Logo após o pronunciamento do Reitor, Padre Pedro Rubens, as homenageadas foram apresentadas ao público.

Amigos, parentes ou colegas de trabalho foram escolhidos para verbalizar a homenagem e entregar a medalha comemorativa dos 60 anos as professoras Conceição de Souza, Irinea Catarino, Janice Albuquerque; e a primeira aluna do curso de Jornalismo, que em 2011 comemora 50 anos de existência, Laura Areias; e a Irmã Rosário.

A professora Amparo Caridade recebeu homenagem póstuma. Ela faleceu em julho do ano passado. A professora Regineide Simões destacou a alegria da amiga como um traço de sua personalidade. “Amparo era uma pessoa sensível, discreta, mãe e companheira exemplar. Os netos eram a razão da vida dela”, disse antes de ler um poema da professora Amparo reproduzido abaixo:

A dor e alegria de nascer

Amparo Caridade

Nascer, viver e morrer, não são momentos datados na vida, são processos que acompanham o existir do ser humano. Existimos enquanto corpos, enquanto sujeitos, enquanto totalidades. Enquanto corpo, nascemos um dia de um outro corpo, mas enquanto sujeitos, nascemos a cada dia, a cada realização, a cada descoberta, a cada gesto. Nascemos quando criamos algo, ou quando fazemos reparação de atos indevidos. Nascemos quando colocamos no mundo um novo ser.

Nascemos quando produzimos bem-estar. Nascer, não é apenas o ato de chegar ao Mundo, é um processo que se inicia aí, mas que só termina com a morte. Na verdade, nascemos, vivemos e morremos a cada instante.Viver é também um processo e ele não acontece apenas no ato físico de ter um corpo um corpo vivo. O corpo pode estar vivo, mas o sujeito pode ter sido sacrificado nele.

Vivemos como sujeitos quando somos nós mesmos, quando amamos o que fazemos. Vivemos nos projetos que temos, nas contribuições que damos à vida, ao mundo, às relações. Vivemos naquilo que construímos e deixamos atrás de nós, como ação fincada no solo da coletividade, como marca identitária da passagem que fizemos pelo planeta.Morremos quando o corpo deixa de viver, mas morremos sobretudo nas negações que fazemos de nós mesmos, nas anulações do eu, nas derrotas da autoestima, na banalização da vida.

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