Boletim Unicap

Cátedra Adenauer promove palestra sobre os objetivos do milênio das Nações Unidas

Prof Dr. José Raimundo Carvalho

A Universidade Católica de Pernambuco e a Fundação Konrad Adenauer promoveram, na manhã desta sexta-feira (19), das 11h às 12h30, a palestra do Prof. Dr. José Raimundo Carvalho (CAEN-UFC), que falou sobre “Os objetivos do milênio das Nações Unidas – relatório sobre a situação no Nordeste do Brasil”, tema do encontro. A palestra foi realizada no anfiteatro do bloco G4 da Católica, localizado no 3º andar. O evento foi o último, deste ano, da programação da Cátedra Adenauer.

A Cátedra Adenauer que foi inaugurada em setembro na Universidade tem a intenção de promover na academia encontros para debater e analisar áreas da Economia e Relações Internacionais.

A representante da Fundação Adenauer, Anja Czymmeck, ladeada pelo Prof. Dr. José Raimundo (esquerda) e pelo Assessor de Relações Intercionais da Unicap, Prof. Thales Castro

Participaram do encontro a representante da Fundação Adenauer no Norte e Nordeste do Brasil, Anja Czymmeck; o Assessor de Relações internacionais da Unicap, Prof. Dr. Thales Castro; o palestrante Prof. Dr. José Raimundo Carvalho (CAEN-UFC), que é engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará, mestre em Economia pela UFC e Doutor em Economia pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, além de professores e alunos da Católica; pesquisadores em geral e alunos de outras instituições.

O Prof. Dr. José Raimundo comanda a primeira equipe Nordeste dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que são as metas do milênio que foram estabelecidas pela ONU, em 1995, para o desenvolvimento econômico e social do mundo. Ele apresentou o tema para conhecimento de pesquisadores e alunos com o intuito de fortalecer o debate em torno de questões como: pobreza e fome; educação; igualdade entre os sexos (autonomia da mulher); redução da mortalidade infantil; melhoria da saúde materna; combate ao HIV/ AIDS, malária e outras doenças; sustentabilidade ambiental e estabelecimento de parcerias mundiais para o desenvolvimento.

De acordo com o professor convidado, há pouco tempo, aqui no Brasil, havia uma dificuldade enorme em fazer a leitura real desses assuntos nas regiões. “Nos cinco relatórios anteriores feitos por uma cúpula nacional não se tinha a exata noção da realidade de cada estado brasileiro, apesar da alta qualidade do grupo de pesquisa. Os relatórios regionais eram feitos por uma só equipe. Agora, o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – e o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – decidiram que cada região terá sua própria equipe de pesquisa. Isso facilita para serem diagnosticados os verdadeiros problemas de cada região”, explicou.

O grupo Nordeste liderado pelo professor José Raimundo é composto por cinco profissionais da região, entre eles o professor da Universidade Federal de Pernambuco Raul da Mota Silveira Neto, além dos professores Márcio Veras, Ricardo Brito Soares, João Mario de França, todos da Universidade Federal do Ceará (CAEN – UFC) e o Prof. Adriano Sarquis (ETENE/BNB).

Embora tenha citado os oitos objetivos do milênio, o Prof. José Raimundo discorreu a maior parte do tempo sobre a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulher, tema do capítulo escrito por ele no relatório. Assuntos como: Disparidades entre os sexos na educação e mercado de trabalho, representatividade política, violência doméstica e familiar contra a mulher e a lei Maria da Penha, além, do empoderamento das mulheres. Segundo o professor, se a educação da mulher for de melhor qualidade, isso refletirá na sociedade. “Educar mais e melhor as mulheres causa um efeito positivo na sociedade. O nível de educação da mãe tem um impacto enorme na formação dos filhos”, disse.

O palestrante tocou, ao final de sua exposição, em um ponto fundamental na atual realidade do Brasil. A pobreza. Segundo ele, para reduzir de maneira sustentável a pobreza no Brasil, isto é, fazer com que o indivíduo pobre não volte mais para esta situação não há outra coisa a se fazer senão uma educação de qualidade. “Nossa educação é falha. E é ela a base do desenvolvimento econômico e social. Miremos a Coréia do Sul que, após a reforma da Educação, prosperou”, finalizou. Depois da reforma da Educação, a economia da Coréia começou a crescer rápido, em média 9% ao ano durante mais de três décadas. E hoje, graças à multidão de cientistas que o país forma todos os anos, a Coréia do Sul está pronta para entrar no primeiro mundo, tendo como cartão de visitas uma incrível capacidade de inovação tecnológica. Desde a área de computação até na genética.

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