Thiago Santos, Daniel Coelho e Jayme Asfora no Quinta em Ritmo de Eleição
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Thiago Santos iniciou sua apresentação rememorando o papel da Católica no movimento pela redemocratização do país. “A Unicap foi palco de lutas no período militar. É uma satisfação participar desse debate numa universidade que contribuiu para o processo democrático”, disse o candidato. “A campanha é um chamado para que os estudantes lutem por bandeiras históricas, como os 10% do PIB para a educação”, destacou o candidato do PDT. Defendeu o modelo cubano de gerenciamento da saúde e da educação e assinalou a contradição entre um país detentor de recursos naturais realizar corte de um bilhão de reais no orçamento da educação. Thiago finalizou sua apresentação dizendo que a candidaura não parte de um projeto individual, mas coletivo, e que deseja fazer um debate de ideias “com a classe política que domina o estado há décadas”.
Daniel Coelho abriu sua apresentação falando da trajetória política como vereador. Segundo o candidato, a oposição não deve apenas cobrar, mas também reconhecer acertos e fazer política de forma independente. Destacou sua atuação pelo fortalecimento da causa ambiental, inclusive tendo trabalhado em prol do Parque da Tamarineira, cujo projeto de transformação em centro de compras mobilizou a sociedade no primeiro semestre deste ano. Em relação ao projeto ambiental, propôs a integração da cidade por meio de ciclovias. A candidata do PV à presidência Marina Silva também foi lembrada por Daniel Coelho. “Marina está com a proposta de uma nova política e a gente tem que pensar qual projeto de país que a gente quer para o futuro”, ressaltou o candidato a deputado.
“Sempre acreditei na atividade politica”, foram as primeiras palavras de Jayme Asfora, que também falou sobre sua atividade na presidência da OAB-PE. A seriedade na Assembleia Legislativa é uma das causas que defenderá num possível mandato como deputado estadual. Asfora condenou o aumento dos custos nos gabientes da casa que, em sua opinião, dobraram entre 2006 e 2010. Apresentou o lema “pelo seu direito”, e disse ter recebido muitos apoios, que estão enriquecendo sua caminhada.
A primeira pergunta do público dizia respeito à grande quantidade de parlmentres do país. Thiago Santos criticou as disparidades entre a importância de um estado para o país e sua representação em Brasília. Um exemplo dessa disparidade è o número fixo de senadores, retrito a três por unidade da federação. Já Daniel Coelho disse que a discussão não se dá pelo número de representantes, visto que a pluralidade do parlamento também faz parte da democracia. “A gente tem que discutir não só o legislativo, mas também o judiciário e o executivo”, apontou. O candidato também apresentou a necessidade de se realizar concursos para o preenchimento dos cargos públicos. Para Jayme Asfora, a oscilação para mais ou para menos do número de representats eleitos não é relevante, sendo mais importante escolher melhor essa representação. Ele aproveitou a ocasião para falar também da Lei da Ficha Limpa, chegando a citar nomes da política nacional que não poderão se candidatar quando a lei valer em sua plenitude. O candidato ainda destacou a reforma política como meio para que o voto não seja tratado como negócio.
Sobre a questão habitacional, Thiago Santos disse ter acompanhado esse problema durante a militância no Movimento de Lutas nos Bairros. “Morar dignamente é um direito”, declarou. Daniel Coelho lembrou que há vários anos tem andado pelas comunidades pobres do Recife, sem observar melhoras na infraestrutura. Jayme Asfora ressaltou que a cidade tem uma cobertura deficiente em termos de saneamento básico e é preciso acompanhar melhor os parlamentares e as políticas públicas.
A última pergunta questionava qual das candidaturas a presidente da República seria a melhor para o país na opinião dos três candidatos à Assembleia Legislativa. Thiago Santos disse que no Brasil há a classe que explora e a que é explorada. Ele criticou o governo de Fernando Henrique Cardoso e chamou de “entrega das riquezas ao capital estrangeiro” o processo de privatizações desencadeado pelo ex-presidente. Ele concluiu declarando apoio à petista Dilma Roussef. “Não temos a ilusão de que os problemas serão resolvidos em eleições, mas acreditamos nos movimentos sindical e popular”, disse.
Daniel Coelho destacou que o Projeto de Marina Silva (PV) é a favor do país, e que o balizamento do voto não deve se dar pelas pesquisas, mas pelos sonhos da população. Ele ainda criticou os escândalos de corrupção veiculados recentemente pela mídia. “O Brasil cansou de ver os escândalos estourarem e o presidente dizer que não sabia. Será que isso vai se repetir daqui a quatro anos?”, questionou.
A atuação do candidato do PSDB, José Serra, como ministro do Planejamento e da Saúde foi lembrada por Jayme Asfora. “Serra tem uma visão progressista e é um democrata, chego a considerá-lo de esquerda, no sentido de querer um mundo melhor”, classificou Asfora.