Ex-aluna da Católica tira nota máxima no exame da OAB
|Uma alegria e uma surpresa. Esta foi a sensação da ex-aluna do curso de Direito da Católica, Alice Barbosa, diante do seu desempenho no exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Ela foi aprovada com a nota máxima: dez.
A glória não veio sem sacrifícios e muito menos sem planejamento. Alice conta que estudava sete dias por semana. Ela criou um esquema de estudos que variava entre a elaboração de peças discursivas, estudos de livros e apostilas, resolução de questões e aulas num curso preparatório.
“Abdiquei de finais de semana, de viagens e momentos com a família e amigos”, diz ela em um trecho da entrevista concedida ao Boletim Unicap que você confere logo abaixo. Na conversa, Alice fala da contribuição acadêmica e profissional da Católica em sua formação.
Boletim Unicap – Você esperava tirar a nota máxima no Exame? Qual foi sua reação ao descobrir o feito?
Alice Barbosa – Como qualquer outro Bacharel, diante de todo meu esforço e dedicação, esperava ser recompensada com pelo menos a aprovação, mas realmente foi uma surpresa meu resultado. Saí da prova com a sensação de que havia feito minha parte e segura de cada resposta, porém por ser uma prova subjetiva e devido a exigência da correção da Banca da FGV na 2ª fase, não esperava fechar com 10, seria até prepotência da minha parte esperar por tal resultado.
Logo que vi a lista, comemorei, chorei, abracei pessoas amadas e que torceram muito por mim e me apoiaram em todos os sentidos. Na verdade, nem lembrei de ver minha nota, o que importava era ser aprovada e é o que realmente importa no final. Depois de uma hora, mais ou menos, da divulgação da lista, amigos começaram a comentar sobre as notas e lembrei que ainda não tinha visto minha correção. Ao me deparar com o meu nome e nota dez ao lado, foi inacreditável!!!!Sensação de dever mais que cumprido!
B.U – Qual o seu regime de estudos para o exame da Ordem (rotina, carga horária)?
A.B – Como não estava, no momento, trabalhando, tive a oportunidade de ter o dia livre para os estudos, consegui, dentro do possível, ter uma rotina de estudos, exercícios físicos e lazer. Porém, minha semana útil era de segunda a segunda, estabelecia metas diárias, dentre elas estavam fazer “x” peças, estudar “x” páginas de livro/apostila e reservava um tempo para a marcação da CLT, sem falar, da frequência às aulas do curso de 2ª fase do Professor Gustavo Cisneiros.
Estudava pela manhã, com pausa para almoço e descanso, depois emendava a tarde e a noite, até umas 20h, com exceção dos domingos, quando parava os estudos às 18h ou um pouco antes. Totalizavam umas oito a dez horas diárias. Abdiquei de finais de semana, de viagens e momentos com a família e amigos, mas valeram a pena!
B.U – Que dicas você poderia dar aos estudantes ou bacharéis que ainda não conseguiram a aprovação na OAB?
A.B – Diria que organização e metas diárias são peças chaves. A dedicação, no tempo que tiver disponível, já que muitos trabalham ou ainda estão na faculdade quando prestam o exame, é fundamental, pois sabemos que não há resultado sem o mínimo de esforço. O apoio e compreensão dos próximos também é muito importante, porque neste momento, ficamos muito à flor da pele, preocupados e até mesmo desesperados com uma possível reprovação.
Digo isto porque, para mim, foi essencial esse apoio emocional. Além disso, diria que descansar também faz parte, seja como for o descanso, saindo, vendo um filme ou simplesmente dormindo. Estudava muitas horas por dia, porque tinha esse tempo disponível, mas para quem não tem, nada como saber respeitar seus limites, sem deixar seus objetivos de lado.
B.U – Qual a contribuição da Católica na sua formação e, consequentemente, e na sua conquista na OAB?
A.B – A Unicap como um todo influenciou na minha formação como advogada, principalmente com as vivências na Astepi (Núcleo de Prática Jurídica) e Juizados, onde além de redigir peças e fazer acompanhamento processual, participava de audiências. A Universidade é uma instituição que preza pela qualidade de ensino e aprendizado de seus alunos. Tudo isto fica evidente no corpo docente composto por grandes mestres.
B.U – Na sua opinião, o que se destacaria no corpo docente?
A.B – Pessoalmente, destaco o Dr. Rafael de Menezes e a Drª. Carolina Ferraz. Eles me ensinaram e inspiraram além do âmbito profissional, me deram ensinamentos para a vida, com suas simplicidade e humildade. São verdadeiros mestres, pois conseguem transmitir todo o seu conhecimento de uma maneira didática e ao mesmo tempo admirável. Sou grata por ter tido a oportunidade de conviver com pessoas tão humanas em toda minha trajetória universitária.