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9º Pré-fórum Fenaj discute as mudanças na profissão

Após o 6º Colóquio Andi, o 13º ENPJ teve continuidade com o 9º Pré-fórum Fenaj – “O papel da universidade no contexto de novos marcos regulatórios: o fim (e a volta?) da Lei de Imprensa e da obrigatoriedade do diploma e as novas diretrizes curriculares”. Com mediação do professor da Universidade Católica de Pernambuco, Ricardo Mello, o segundo debate teve a participação do jornalista Carlos Eduardo Franciscato; do presidente da Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof; e do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),  Sérgio Murillo de Andrade.

O presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, começou o debate falando sobre o impacto do fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista e fez uma reflexão sobre a distorção de conceitos. Ele enfatizou a importância da compreensão sobre o conceito da profissão. Para ele, a liberdade de expressão foi confundida com o exercício profissional e também com a liberdade de imprensa.

Focando na discussão sobre novas diretrizes curriculares, o segundo debatedor do Pré-fórum da Fenaj, o jornalista Carlos Franciscato, apresentou um mapeamento de críticas e reflexões sobre o que as novas diretrizes trouxeram para a profissão. Segundo Franciscato, elas são unidirecionais, de modo que não atendem as perspectivas plurais do ensino superior. A argumentação resumiu o impacto causado no jornalismo através das mudanças. Entre as críticas apresentadas, estavam a separação entre o campo profissional com o campo do conhecimento e a visão da história ultrapassada – pois afirma que a profissão não acompanha os avanços tecnológicos, e que estes modificam os valores fundamentais do jornalismo. “O processo tecnológico não dilui os valores do jornalismo. Eles estão preservados”, contesta.

O jornalista e presidente da Federação Nacional do Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, foi o terceiro debatedor do 9º Pré-fórum da Fenaj. Ele abordou os temas das novas diretrizes curriculares, o fim da lei da imprensa e a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo. “Este é o momento que devemos investir no curso superior. O ensino é estratégico na organização e no exercício da profissão. O fundamental é discutirmos quais são as melhores formas de mobilização para apresentar as propostas dentro do Conselho Nacional de Educação e provocar a implementação delas”, pontuou. Segundo ele, as novas mudanças colaboram com o processo de degradação e desvalorização da profissão e, por sua vez, do ensino acadêmico.

Sobre a Lei de Imprensa, Sérgio Murillo de Andrade afirmou que a Fenaj defende uma legislação enorme da imprensa, para regrar a relação da mídia com a sociedade e outros fatores. Em relação a não obritagoriedade do diploma, o presidente informou as atitudes tomadas pelo órgão a favor da profissão. “Nós estamos apresentando embargos declaratórios em relação à decisão do ano passado. Estamos atuando. A Fenaj também está solicitando uma audiência com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.”

De acordo com o jornalista, ao ler o acórdão da decisão, é possível perceber como determinadas autoridades observam a profissão. Entre as consequências que interferem no perfil do jornalismo, está a desqualificação dos profissionais. “Para ser jornalista, o critério é estar vivo”, ironizou.

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