50 anos do curso de Jornalismo da Unicap serão comemorados com mesa-redonda no Intercom 2011
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O curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco está completando este ano meio século de existência. A data será comemorada com uma mesa-redonda durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, que será sediado pela Unicap, no período de 2 a 6 de setembro. A mesa está programada para o dia 4 de setembro, das 15h às 18h, no auditório G1, e terá a participação dos jornalistas José Marques de Melo (Umesp/Intercom), Evaldo Costa (Secretaria de Imprensa de Pernambuco), Salett Tauk (UFRPE), Maria Luiza Nóbrega (UFPE) e Ana Cláudia Elói (Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco). A mediação ficará a cargo do coordenador do curso de Jornalismo da Unicap, Prof. Dr. Alexandre Figueirôa.
A Católica foi a terceira instituição de ensino superior do País e a primeira do Norte e Nordeste a oferecer um curso de Jornalismo em nível superior. A iniciativa que revolucionou e até hoje é um marco da comunicação brasileira surgiu do jornalista olindense Luiz Beltrão, que anos mais tarde veio a ser o primeiro doutor em comunicação do Brasil. Nas últimas cinco décadas, a história da imprensa pernambucana se confunde com o curso de Jornalismo da Católica. Gerações e gerações de profissionais que tiveram como professores nomes como Lúcia Noya, Valdelusa D`Arce, Salett Tauk, Vera Ferraz, Teresa Cunha, Neide Mendonça, Isaltino Bezerra e Carlos Benevides. Entre os alunos que passaram pelas bancas da Católica estão os jornalistas Ricardo Noblat, Geneton Moraes Neto e Gerson Camarotti, entre muitos outros.
José Marques – Do nascimento no Sertão alagoano ao título de Doutor Honoris Causa da Unicap. O nome do professor José Marques de Melo é um capítulo à parte na história do curso da Católica. Ele formou-se em 1964. Em 2010 tornou-se o único estudante de jornalismo da Unicap a receber o título de Doutor Honoris Causa da instituição. Foi durante o 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. Zé Marques, como gosta de ser chamado, veio para o Recife estudar Direito, mas acabou em Jornalismo. Atuou como chefe de gabinete da Secretaria de Educação na segunda gestão do então governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Paralelamente, trabalhou na edição local do jornal Última Hora. Diante da opressão da ditadura militar, trilhou caminho em São Paulo, onde foi professor da USP. Naquela época, chegou a ter o registro cassado. “Sempre tive vontade de voltar para a Unicap como professor de Jornalismo, mas como éramos ligados ao governo Arraes, poderíamos ser presos e a condição de sobrevivência em São Paulo era melhor”, disse ele em entrevista ao estudante Tércio Amaral, em reportagem publicado em O Berro, jornal laboratório do curso de Jornalismo da Unicap.