MARIA, DOS ANDORES À MEDICINA CASEIRA: SEU NOME E OS NOMES POPULARES DAS PLANTAS MEDICINAIS
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2020.v11n26.p149-164Palavras-chave:
Mariologia, Devoção, Religiosidade Popular, Plantas medicinaisResumo
O presente artigo procura construir, a partir da nomenclatura popular das plantas medicinais, uma discussão em torno da identidade devocional mariana do cristianismo de base católica. A abordagem da religiosidade popular presente no território brasileiro mostra que o imaginário religioso compartilhado pelos praticantes do catolicismo é evidenciado nas suas várias formas de reivindicar e/ou invocar a cura das doenças. A pesquisa consiste na análise da nomenclatura presente em livros de fitoterapia, botânica e demais obras que mencionem a medicina caseira. A forma de interligação da saúde com o sagrado é ressignificada a cada sentimento que surge nas tradições do povo. Em nosso entendimento, a fé popular e o seu modo de ser vivenciada pode criar uma linguagem simbólica através do costume do povo de nomear as plantas medicinais com nomes marianos.Downloads
Referências
ATAÍDE, Raquel do Amaral. et al. Uso de remédios caseiros por mulheres do Programa Saúde da Família. Revista de Enfermagem da UFPE on line, [Sl], v. 1, n. 2, p. 126-132, nov. 2007. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/5307/4526 >. Acesso: 04 abr. 2020.
BERALDI, Roque Vicente. 101 títulos de Nossa Senhora na devoção popular. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012.
BEOZZO, José Oscar; MARQUES, Luiz Carlos Luz. Oragos de Paróquias, na primeira evangelização do Brasil. In: Sampaio, Jorge Hamilton (Org.). Saúde, dinheiro e amor: estudo das vivências religiosas a partir dos seus sujeitos. Piracicaba: UNIMEP/CEHILA, 2004, v.1, p. 113-131.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2002.
BOFF, Clodovis. Mariologia Social: O significado da Virgem para a sociedade. São Paulo: Paulus, 2006.
BRÜNING, Jaime. A saúde brota da natureza. Curitiba: Expoente, 2006.
CABRAL, Newton Darwin de Andrade. As Cerimônias de Coroação de Nossa Senhora: memórias e análise de uma prática devocional mariana. Paralellus Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife-PE, v. 8, n. 17, p. 173-190, dez. 2017.Disponível em: <http://www.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/1083>. Acesso em: 04 abr. 2020. doi:https://doi.org/10.25247/paralellus.2017.v8n17.p173-190.
CABRAL, Newton Darwin de Andrade. Rosas para santa Rita de Cássia: percursos de uma devoção em Santa Cruz – Rio Grande do Norte. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOTER, 28., 2015, Belo Horizonte, Anais eletrônicos..., Belo Horizonte: SOTER, 2015. p. Disponível em: <http://www.soter.org.br/documentos/documento-GxmSWsBSOfD8PG05.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2020.
CARVALHO, Ana Paula Mendes Alves de. Hagiotoponímia em Minas Gerais. 2014. 822 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9PMR2U>. Acesso em: 04 abr. 2020.
CARVALHO, Ana Paula Mendes Alves de. Toponímia religiosa em Minas Gerais: os nomes dos municípios. Revista de Estudos da Linguagem, [S.l.], v. 26, n. 3, p. 1123-1150, jun. 2018. Disponível em: <http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/12888>. Acesso em: 09 abr. 2020.
CHAVES, José Afonso; PEREIRA, Eveton Guilherme. "Quando batem as seis horas": devoção popular na obra de Luiz Gonzaga. Paralellus Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife-PE, v. 8, n. 18, p. 359-375, dez. 2017. Disponível em: <http://www.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/1122>. Acesso em: 04 abr. 2020.
DANTAS, Ivan Coelho. O Raizeiro. Campina Grande (PB): Editora da Universidade Estadual da Paraíba, 2007.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Hierônimo. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua português. 8. ed. rev. atual. Curitiba: Positivo, 2010. p. 398.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Hagiônimo. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua português. 8. ed. rev. atual. Curitiba: Positivo, 2010. p. 393.
GÊNESIS. In: Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
HOORNAERT, Eduardo. O que há por trás da religiosidade popular? 23 dez. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2020.
LIBÓRIO, Luiz Alencar; MOREIRA, Ana Cristina de Lima. Maria: simplesmente a Mãe de Jesus. Paralellus Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife-PE, v. 8, n. 18, p. 327-340, dez. 2017. Disponível em: <http://www.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/954>. Acesso em: 04 abr. 2020.
LIMA, Geraldo de Araújo. Maria na Bíblia e no Carmelo. In: MEDEIROS, Bartolomeu Tito Figueirôa de. (Org.). “...me chamarão Bem-aventurada”: textos de Mariologia Carmelitana. Recife: Gráfica Dom Bosco, 2003.
LIMA, Maria do Rosário de Araújo; SÁ, Lenilde Duarte de; KLÜPPEL, Berta Lúcia Pinheiro. Reza e Tecnologia leve no diálogo entre saberes científicos e populares. In: GNERRE, Maria Lucia Abaurre (Org.). História das religiões: temas e reflexões. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2012, p. 177-202.
LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum, 2008.
MARQUES, Luiz Carlos Luz; RIBEIRO, Emanuela Sousa. Religião, Direito, Cultura: a legislação de defesa dos direitos culturais no combate aos preconceitos étnicos às religiões indígenas e dos afro-descendentes. In: SUNG, Jung Mo;
CAMPOS, Leonildo Silveira (Coord.). Religiões populares e novos cenários culturais: rupturas e continuidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2012. Cap. 2, p. 35-46.
MURAD, Afonso Tadeu. Maria, toda de Deus e tão humana. Compêndio de mariologia. São Paulo: Paulinas: Santuário, 2012.
OLIVEIRA, Rinalda Araújo Guerra de.; LIMA, Edeltrudes de Oliveira; SOUZA, Ivone Antônia de. Plantas medicinais usadas na dermatologia: avaliação da atividade biológica de seus extratos, óleos essenciais e suas associações. Revista de Enfermagem da UFPE on line, [Sl], v. 1, n. 2, p. 279-280, nov. 2007. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/5326/4545>. Acesso: 04 abr. 2020.
PEREIRA, Valdelene Nunes de Andrade. Saúde, Estresse e Sacralidade do Tempo. In: GNERRE, Maria Lucia Abaurre (Org.). História das religiões: temas e reflexões. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2012, p. 259-273.
RIGUEIRO, Moacyr Pezzati. Plantas que curam: manual ilustrado de plantas medicinais. São Paulo: Paulinas, 1992.
SAAD, Glaucia de Azevedo. et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
SANTANA, Maria da Glória; ERDMANN, Alacoque Lorenzini. Crenças em Saúde: uma abordagem cultural. Cogitare Enfermagem, [S.l.], v. 5, n. 2, 2000. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/44878/27301>. Acesso em: 04 abr. 2020. doi:http://dx.doi.org/10.5380/ce.v5i2.44878.
SHULZ, Volker; HÄNSEL, Rudolf; TYLER, Varro E. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde. 4. ed. Barueri (SP): Editora Manole, 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rinalda Araújo Guerra de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).
