RELIGIÃO PÚBLICA, NOVOS VÍNCULOS, NOVAS “ARMAS”

REFLEXÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA EVANGÉLICA BRASILEIRA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/paralellus.2024.v15n36.p145-164

Palavras-chave:

Arte, Cultura, Evangelicos, Religião Pública

Resumo

Este trabalho pretende explorar o vínculo entre religião e cultura, suas contestações e transbordamentos. O interesse pela discussão deriva de pesquisas anteriores que resultaram em várias produções (artigos, orientações de doutorado e mestrado, projetos de iniciação científica e TCCs, que por sua vez estão associados a projetos de bolsa produtividade em pesquisa CNPQ anteriores. A temática é, portanto, relativa às discussões sobre secularismos, religião e esfera pública. Tratarei na presente proposta sobre a inabilidade, declarada pelos estudiosos do tema, da religião evangélica relacionar-se com a cultura e, por conseguinte, não fazer parte de um repertório cultural “genuinamente” nacional; como também a relação entre evangélicos e vanguarda artística. E como essas associações articulam, com sucesso ou não, projetos de integração nacional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Roberta Bivar Carneiro Campos, UFPE/PPGA

    Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (1992), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutorado em Antropologia Social - University of St. Andrews (2001). Atualmente sou professora associada IV da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora do LEC da UFPE Laboratório de Estudos avançados de Cultura Contemporânea, onde coordeno o Observatório de Cultura, Religiosidades e Emoções (OCRE). Sou ainda membro de comissões editoriais de diversas revistas entre elas, Revista Anthropológicas (UFPE), Altéra (UFPB), Vivência (UFRN), Interface (UNESP) e da Coleção Cadernos do GREM (UFPB). Tenho experiência na área de Antropologia da religião, atuando principalmente nos seguintes temas: ritual e religião, cultura e identidade, emoções, corpo e moralidade, materialidade e textualidade do sagrado. Destaco ainda minhas pesquisas sobre a história da antropologia no Brasil, das relações entre psiquiatria e antropologia, com especial foco no período da institucionalização da antropologia em Pernambuco. Mais genericamente meus trabalhos têm por preocupação investigar como a religião (através do corpo, emoções, textos e objetos) constitui as pessoas e suas relações sociais.

Referências

ASAD, Talal. (2003). Formations of the Secular: Christianity, Islam, Modernity. Stanford: Stanford University Press. BLANES, Ruy (2018). Estética para quem? Sobre o público da estética da persuasão. In: Debates do NER, Porto Alegre, ano 19, n. 34, p. 67-73, ago./dez. 2018.

BIELO, J. S. Antropologia da religião: Fundamentos, conceitos e prática. Editora Vozes, 2022.

BLANES, R. Estética Para Quem? Sobre O Público Da Persuasão Pentecostal. Debates do NER, [S. l.], v. 2, n. 34, p. 68–73, 2019. DOI: 10.22456/1982-8136.89947

BRUMANA, Fernando Giobellina. (2002), “Prefácio”, in M. O. Andrade, 500 anos de catolicismos & sincretismos no Brasil, João Pessoa, ed. UFPB.

CAMPOS, Roberta B. (2008). “Interpretações do catolicismo: do sincretismo e antissincretismo na/da cultura brasileira”. In: BIB, São Paulo, n° 65, Io semestre de 2008, pp. 89-103.

CARNEIRO CAMPOS, Renato. (1967) Igreja, Política e Região. Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais-MEC, Recife.

COLEMAN, Simon. (2006). “Studying’global pentecostalismo; tensin, representation and opportunities.” PentecosStudies, 5(1): 1-17.

DASWANI, Girish. On Christianity and ethics: Rupture as ethical practice in Ghanaian Pentecostalism. American Ethnologist, Arlington, EUA, v. 40, n. 3, p. 467-479, 2013.

DOUGLAS, Mary. Purity and danger: an analysis of concepts of pollution and taboo. London: Routledge & Kegan Paul, 1966.

ENGELKE, Matthew. (2013). “Angels in Swindon: on the production of ambient faith”. In:God's agents: biblical publicity in contemporary England. Berkeley; Los Angeles;London: University of California Press, pp. 37-63.

FREITAS, E. T.; GOMES, L. G. (2015). Uma antropologia da cibercultura. In: Vivência: Revista de Antropologia, v. 1, n. 45, 17 nov.

FREYRE, Gilberto. (1963). “A tarefa do artista é servir”. In: Confederação Evangélica Do Brasil. Cristo e o processo revolucionário brasileiro. Conferência do Nordeste, IV Reunião de estudos. Rio de janeiro: Editora Loque Ltda, p. 59-60.

GIUMBELLI, Emerson & PEIXOTO, Fernanda Arêas. (2021), Arte e Religião: passagens, cruzamentos, embates. ABA publicações.

KEANE, Webb (2007). Christian Moderns. California University Press, Berkeley.

LATOUR, Bruno. (2012). Reagregando o social: Uma Introdução a Teoria do ator-rede. EDUFBA-EDUSC: Salvador, Bauru.

MAFRA, Clara. (2011), "A arma da cultura e os universalismos parciais". Mana, vol. 17(3): 607-624.

MARIZ, Cecília L.; CAMPOS, Roberta B. C. (2014). “O pentecostalismo muda o brasil? Um debate das ciências sociais brasileiras com a antropologia do cristianismo”. In: SCOTT, Parry; CAMPOS, Roberta B. C.; PEREIRA, Fabiana. (org.). Rumos da Antropologia no Brasil e no mundo: geopolíticas disciplinares. Recife, Ed. UFPE, pp. 193-213.

MEYER, Birgit. (2018). A estética da Persuasão: As Formas sensoriais do Cristianismo Global e do Pentecostalismo. In: Debates do Ner, ano 19, n.34.

MORGAN, David. (2009). The Look of Sympathy: religion, visual culture, and the social life of feeling. In: Material Religion, vol.5, issue 2, pp.132-155.

MOTTA, Roberto (1998), “Gilberto Freyre e o estudo das relações raciais: os perigos da ortohistória”. AntHropológicas, número especial (Antropologia, memória. Tradição e perspectivas), ano III, v. 7, pp. 15-43

NOVAES, Regina. (2003). “Errantes do novo milênio: salmos e versículos bíblicos no espaço público”. In: P. Birman (org.). Religião e Espaço Público. Brasília/São Paulo: CNPq/PRONEX/Attar Editorial.

PIERUCCI, Antonio Flávio (2006). “Ciências Sociais e religião—A religião como ruptura”. In: F. Teixeira; R. Menezes (orgs.). As religiões no Brasil, continuidades e rupturas, Petrópolis, RJ, Vozes.

RENDERS, Helmut. (2018) Uma proposta de padronização da cultura visual evangélica brasileira: estabelecimento, apropriação, abrasileiramento e transformação global. In: Numen, Juiz de Fora, vol.21, n.1, jan/jun, p.10-37.

SANCHIS, Pierre. (1994). “O repto pentecostal à cultura católico-brasileira”. In: Revista de Antropologia, vol. 37, pp 145-81.

SOARES, Luiz Eduardo (1993), “Dimensões democráticas do conflito religioso no Brasil: a guerra dos pentecostais contra o afro-brasileiro”, in L. E. Soares, Os dois corpos do presidente, Rio de Janeiro, Relume-Dumará/ISER.

Downloads

Publicado

2024-07-19

Edição

Seção

ENSAIOS/COMUNICAÇÕES/PAPERS

Como Citar

BIVAR CARNEIRO CAMPOS, Roberta. RELIGIÃO PÚBLICA, NOVOS VÍNCULOS, NOVAS “ARMAS”: REFLEXÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA EVANGÉLICA BRASILEIRA. PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife, PE, Brasil, v. 15, n. 36, p. 145–164, 2024. DOI: 10.25247/paralellus.2024.v15n36.p145-164. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/2811.. Acesso em: 19 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 467

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.