A PESQUISA EM RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: PERTENCIMENTO RELIGIOSO E ÉTICA EM PAUTA "Research on Afro-brazilian Religions: religious belonging and ethics"
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2015.v6n13.pp.%20391-406Parole chiave:
Pesquisa. Metodologia. Ética. Research. Methodology. Ethics.Abstract
Este trabalho tem por objetivo discutir questões de ordem metodológica no estudo com religiões afro-brasileiras. Partindo do pressuposto que, nesse campo acadêmico, muitas das pesquisas realizadas foram concomitantes ao processo de fidelização religioso do pesquisador, pretende-se pontuar as facilidades e dificuldades nesse processo. O texto apresenta, ainda, um panorama da composição ética afro-brasileira que deve ser levado em conta pelo pesquisador a fim de que não sejam realizados trabalhos que analisem esse universo superficialmente.
Palavras-chave: Pesquisa. Metodologia. Ética.
Abstract
This paper discusses methodological issues on the afro-Brazilian religions study. Assuming that in the academic field many researches were performed along with the process of religious conversion of the researcher, this work aims to find out facilities and difficulties during such process. The text also presents an overview of the afro-Brazilian ethic composition that must be taken in consideration by the researcher in order not to do papers that analyse such universe superficially.
Keywords: Research. Methodology. Ethics.Downloads
Riferimenti bibliografici
AZEVEDO, Dermi. A Igreja Católica e seu papel político no Brasil. Estud. av., São Paulo , v.18, n. 52, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 abr. 2015.
BARROS, José Flávio Pessoa de. O Segredo das Folhas – Sistema de Classificação de Vegetais no candomblé jeje-nagô do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas/UERJ, 1993.
BINON-COSSARD, Giselle. “A filha-de-santo”. In: MOURA, Carlos E.M. de (Org). Olóòrisá. São Paulo: Ágora, 1981.
BASTIDE, Roger. Estudos afro-brasileiros. São Paulo: Perspectiva, 1983.
______. As religiões africanas no Brasil. Vols 1 e 2. São Paulo: Pioneira, 1971.
______. O Candomblé da Bahia. São Paulo: Cia das Letras, 2001.
______. O sagrado selvagem e outros ensaios. São Paulo: Cia das Letras, 2006.
______. Sociologia das doenças mentais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1967.
______. Brasil terra de contrastes. São Paulo: Difusão Europeia, 1973.
BERGER, Peter L; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 2005.
CAMARGO, Candido Procópio Ferreira de. Kardecismo e umbanda. São Paulo: Pioneira, 1961.
______. Católicos, protestantes e espíritas. São Paulo: Vozes, 1973.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O Trabalho do Antropólogo. Brasília/ São Paulo: Paralelo Quinze/Editora da Unesp, 1998.
CARNEIRO, Édison. Religiões Negras, Negros Bantos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
______. Candomblés da Bahia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
CARNEIRO, João Luiz. Religiões Afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis: Vozes, 2014.
COMTE, Auguste. Los fundamentos de la sociología. Org. Kenneth Thompson. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 1985
CONSORTE, Josildeth Gomes. Em torno de um manifesto de ialorixás baianas contra o sincretismo. Faces da tradição afro-brasileira. Rio de Janeiro: Pallas, 1999.
DA MATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.
DURHAN, Eunice Ribeiro. Bronislaw Malinowski: antropologia. São Paulo: Atica, 1986.
EVANS-PRITCHARD, Edward E. Bruxaria: oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. Desceu na guma: o caboclo no tambor-de-mina no processo de mudança de um terreiro de São Luís – a Casa Fanti-Ashanti. São Luís, SIOGE, 1993.
GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001.
______. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
HERVIEU-LÉGER, Danièle; WILLAIME, Jean-Paul. Sociologia e Religião. Aparecida: Ideias & Letras, 2009.
PEREIRA, Manoel Nunes. A Casa das minas: contribuição ao estudo das sobrevivências do culto dos voduns, do panteão Daomeano, no Estado do Maranhão-Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia, 1948.
PRANDI, Reginaldo. Os candomblés de São Paulo. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1991.
______. Herdeiras do axé. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1996.
______. Mitologia dos orixás. São Paulo: Cia das Letras, 2001
______. Deuses tribais de São Paulo. Ciência Hoje. Rio de Janeiro. 1989.
______. As religiões afro-brasileiras nas ciências sociais: uma conferência, uma bibliografia. In: Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. BIB-ANPOCS, São Paulo, n. 63, 1º semestre de 2007.
______. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2005.
______. O Brasil com axé: candomblé e umbanda no mercado religioso. Estud. av., São Paulo, v. 18, n. 52, Dezembro de 2004.
RIO, João do. As religiões do Rio. Rio de Janeiro: H. Garnier, 1951.
RIVAS NETO, Francisco. Escolas das Religiões Afro-brasileiras. São Paulo: Arché, 2012.
RODRIGUES, Raimundo Nina. O animismo fetichista do negro baiano. Salvador: Reis e Comp, 1900. Reedição: São Paulo: Civilização, Brasileira, 1935.
SILVA, Vagner Gonçalves da. O antropólogo e sua magia: trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas antropológicas sobre religiões afro-brasileiras. São Paulo: Edusp, 2006.
______. Orixás da metrópole. Petrópolis: Vozes, 1995.
WEBER, Max. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.
______. L' "Oggetivitá" Conoscitiva della Scienza Sociale e della Politica Sociale. In: _____. Il Metodo delle Scienze Storico-Sociali. Torino: Einaudi, 1981.
______. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
______. Os pensadores. São Paulo: Abril, 1974.
VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In.: NUNES, Édson de Oliveira (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p. 36-46.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).
