MULHERES BENZEDEIRAS RAMOS E RESISTÊNCIA
UM OLHAR A PARTIR DO TERRITÓRIO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ITAPOÃ EM LONDRINA PARANÁ
DOI :
https://doi.org/10.25247/paralellus.2024.v15n36.p051-081Mots-clés :
Benzedeiras, Práticas alternativas, Saber popular, Saúde coletivaRésumé
Frente ao cenário da resistente valorização do saber biomédico em detrimento do saber popular nos serviços de saúde, o presente estudo objetiva compreender as práticas tradicionais de cura das benzedeiras e sua relação com a Unidade Básica de Saúde, a partir da própria narrativa dos sujeitos. O trabalho é de natureza qualitativa do tipo descritiva, e traz uma revisão de bibliografia sobre o tema bem como um olhar sobre a relação das benzedeiras com os serviços de saúde através da análise das falas registradas, a partir de entrevista semi estruturada com as benzedeiras pertencentes ao território da UBS Itapoã. Com base na narrativa das benzedeiras realiza-se uma aproximação analítica ao Ser Benzedeira e A relação do saber de cura das benzedeiras e o saber hegemônico em saúde. O caminho percorrido desvela que as benzedeiras olham para os serviços de saúde em posição de respeito pelo trabalhado ofertado à população, entretanto, as mesmas não possuem espaço de fala dentro das instituições de saúde, uma vez que ainda hoje existam diversos tabus referentes às práticas alternativas de saúde.
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