PAJÉ, ENCANTADOS E PROMESSAS NOS ENTENDIMENTOS DE PRÁTICAS RELIGIOSAS INDÍGENAS EM ALAGOAS
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2020.v11n26.p077-096Schlagwörter:
Ancestralidade, indígena, ritual, xamanismo, Alagoas.Abstract
O Objetivo desse artigo é expor um sentimento contraditório entre a compreensão genérica dos termos Pajé/Pajelança, associados diretamente ao de Xamã/Xamanismo. A oposição a esses termos foi obtida diretamente por meio de experiências etnográficas entre as etnias indígenas do Alto Sertão Alagoano e por meio de debates estabelecidos em eventos acadêmicos e em outros espaços que reúnem indígenas de outros lugares. Enquanto não foi possível encontrar um estudo teórico sobre o problema aqui apresentado, ambos os termos, Pajé/Pajelança, Xamã/Xamanismo, são colocados, concomitantemente iguais em seu conjunto, pela antropologia e também contrários entre si pelos povos indígenas da região. Debate que, teoricamente, vem sendo diferenciado em seus termos e práticas por indígenas em vários espaços quando suscitado o tema de forma genérica, sem distinção de uso. Já que, para os índios da região, Pajé/Pajelança, Xamã/Xamanismo, não se assemelham entre si. Nesse sentido, procuro expor a noção do entendimento dos termos Pajé/Pajelança a partir de sentidos religiosos representados nos rituais de Promessa aos Encantados. Nesses rituais, as ações do Pajé são configuradas como Pajelança. Para as etnias indígenas em Alagoas, esses termos são acionados enquanto identidade étnica local e se particularizam em cada etnia. Percepção que se opõe aos termos Xamã/Xamanismo, terminologia (práticas) universais que “não dão conta” de explicar a etnicidade latente nas etnias indígenas do Nordeste.Downloads
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