AS RAÍZES DAS RELAÇÕES DE PODER SOBRE A MULHER E A NATUREZA NO CRISTIANISMO

Autores

  • Emmanuel Ramalho de Sá Rocha Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

Palavras-chave:

Gênero. ecologia. ecofeminismo.

Resumo

Para o ecofeminismo, as relações de poder entre homem e mulher, humano e natureza estão conectadas, pois ao longo da história inúmeras culturas associaram simbolicamente a mulher com o mundo natural, e o mesmo se verifica no Cristianismo. Essa visão cristã tem raízes em um sistema de pensamento dualista presente na antiga filosofia grega e no Judaísmo. Esse artigo busca identificar e compreender nesses dois elementos formadores do Cristianismo os aspectos que contribuíram para a construção de um conjunto de crenças que promove relações de poder entre o masculino/humano sobre o feminino/natureza na tradição cristã. A pesquisa conclui que a influência judaica na formação do antropocentrismo e androcentrismo cristãos pode ser encontrada, por exemplo, nos relatos cosmogônicos que introduzem uma ordem em pares de opostos e autorizam a dominação humana sobre os animais e plantas, e do homem sobre a mulher, além do conjunto de leis mosaicas que legitimam a opressão de mulheres, animais e terras. Por sua vez, a filosofia helênica, por meio do pensamento platônico, influenciou não só nos trabalhos de Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino e outros intelectuais da doutrina cristã, mas também é notável nos sermões de Paulo. Como metodologia, o marco teórico é, predominantemente, literatura ecofeminista; o trabalho faz uso de pesquisa bibliográfica e a forma de abordagem é qualitativa.

Data de submissão: 27-04-2015. Aprovado em: outubro de 2016.

doi: 10.20426/P.2178-8162.2016v7n14p155

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Referências

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

ROCHA, Emmanuel Ramalho de Sá. AS RAÍZES DAS RELAÇÕES DE PODER SOBRE A MULHER E A NATUREZA NO CRISTIANISMO. PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife, PE, Brasil, v. 7, n. 14, p. 155–167, 2016. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/548.. Acesso em: 22 dez. 2024.

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