O governo das armas: a administração dos terços auxiliares e ordenanças na Capitania de Pernambuco e a organização militar da Comarca de Alagoas (c. 1729-c. 1759)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/hu.2020.v7n13.p106-123

Palavras-chave:

Pernambuco. Governança. Tropas Locais.

Resumo

O presente artigo visa a analisar a estrutura do sistema defensivo vivenciada na Comarca de Alagoas na Capitania de Pernambuco, a partir de Instruções Régias destinadas aos corpos de ordenanças e auxiliares no período entre os governos dos monarcas D. João V e D. José I (1729-1759). Além disso, objetiva-se compreender as formas de promoção social, e as possibilidades de mobilidade entre essas duas organizações distintas. Ademais, buscaremos
entender nesta investigação como as alterações recomendadas pelas autoridades régias foram
executadas pelos governadores e capitães-generais da capitania de Pernambuco. Para tanto, foram analisados manuscritos provenientes do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano e do Arquivo Histórico Ultramarino.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Everton Rosendo Santos, Universidade Federal de Pernambuco
    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Graduado em História pela Universidade Federal de Alagoas e Mestre em História Social da Cultura Regional pela UFRPE (2016-2018). Atuou recentemente como Professor Assistente A (substituto) na Universidade Federal de Alagoas (2019-2020). É pesquisador vinculado ao Grupo de Estudos América Colonial (GEAC/UFAL/CNPq) e do Grupo de Estudos em História Sociocultural da América Latina (GEHSCAL/UPE/CNPq), onde estuda temas variados, tais como: história social, política e a administração portuguesa no âmbito da Capitania de Pernambuco enfatizando a localidade da Comarca de Alagoas. Além disso, se dedica aos temas: Ensino de História, Políticas Educacionais; colonização das capitanias do Norte, tropas Auxiliares e de Ordenanças, sociedade e a Capitania de Pernambuco, contando com experiência na área de Metodologia Científica e Paleografia.

Referências

BICALHO, Maria Fernanda; FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima. O Antigo Regime nos Trópicos: a Dinâmica Imperial Portuguesa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

BICALHO, Maria Fernanda Baptista. Conquista, mercês e poder local: a nobreza da terra na América portuguesa e a cultura política do Antigo Regime. In: almanack brasiliense, nº 02, novembro, 2005, p. 21-34.

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712 - 1728. 2 vols.

COTTA, Francis Albert. Negros e Mestiços nas Milícias da América Portuguesa. Belo Horizonte: Crisálida, 2010.

CURVELO, Arthur Santos de Carvalho. Governar Pernambuco e as “capitanias anexas”: o perfil de recrutamento, a comunicação política e as jurisdições dos governadores da Capitania de Pernambuco (c. 1654-c. 1756). Lisboa, Tese (Doutorado), Universidade de Lisboa, 2019.

FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima. Uma leitura do Brasil colonial: bases da

materialidade e governabilidade no Império. In: Penélope, nº 23, 2000, p. 68-88.

GOMES, José Eudes. As milícias d’El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV,

HESPANHA, Antônio Manuel (org). Nova história militar de Portugal. Vol. 2. Lisboa: Círculo de Leitores, 2004.

IVO, Isnara Pereira. Homens de caminho: trânsitos culturais, comércio e cores nos sertões da América portuguesa.

Século XVIII. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2012.

KRAUSE, Thiago Nascimento. Em busca da honra: a remuneração dos serviços da guerra holandesa e os hábitos das

Ordens Militares (Bahia e Pernambuco, 1641-1683). São Paulo: Annablume, 2012.

LINDOSO, Dirceu. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Edições Catavento, 2000.

MARQUES, Dimas Bezerra. Por meus méritos às minhas mercês: Elites locais e a distribuição de cargos (Comarca de

Alagoas – século XVIII). In: CAETANO, Antonio Filipe Pereira. Alagoas Colonial: construindo economias, tecendo

redes de poder e fundando administrações (séculos XVII-XVIII). Recife: Ed. universitária da UFPE, 2012, p. 87-126.

MARTÍNEZ, Juan José Benavides. De milicianos del Rey a soldados mexicanos: milicias y sociedad em San Luis

Potosí (1767-1824). Madrid, Espanha: Editorial CSIC, 2014.

MATTOSO, Katia M. de Queirós. Bahia: a cidade do Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec;

Salvador: Secretaria Municipal e Educação e Cultura, 1978.

MELLO, Christiane F. Pagano de. Forças militares no Brasil Colonial. In: POSSAMAI, Paulo (Org.). Conquistar e

Defender: Portugal, Países Baixos e Brasil. Estudo de história militar na Idade Moderna. São Leopoldo: Oikos, 2012,

p. 105-117.

MELLO, Christiane Figueiredo Pagano de Mello. Forças militares no Brasil Colonial: corpos de auxiliares e de

ordenanças na segunda metade do século XVIII. Rio de Janeiro: E-Papers, 2009.

MELLO, José Antônio Gonsalves de. Henrique Dias governador dos crioulos, negros e mulatos do Brasil. Recife:

FUNDAJ, Editora Massangana, 1988.

PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros: povos indígenas e a colonização do sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720.

São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2002.

RAMINELLI, Ronald. Fradaria dos Henriques. Conflitos e mobilidade social de pretos no Recife c. 1654-1744.

MONTEIRO, Rodrigo B. [et al.] Raízes do privilégio: hierarquias sociais no mundo ibérico do Antigo Regime. Rio de

Janeiro: Record, 2011, p. 387-421

RUSSEL-WOOD, Anthony John R. Histórias do Atlântico português. São Paulo: Editora Unesp, 2014.

SANTOS, Everton Rosendo dos. Tropas e o Poder Local: a gente de guerra na Comarca de Alagoas (c. 1750-c. 1817).

Recife, Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2018.

SILVA, Giovane Albino. A Defesa do Império em tempo de reforma: o exército português e a oficialidade militar na

capitania de Pernambuco, 1774-1800. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, 2020 (no

prelo).

SILVA, Kalina Vanderlei. Nas solidões vastas e assustadoras: a conquista do sertão de Pernambuco pelas vilas

açucareiras nos séculos XVII e XVIII. Recife: Cepe, 2010.

SILVA, Luiz Geraldo. Gênese das milícias de pardos e pretos na América Portuguesa: Pernambuco e Minas Gerais,

séculos XVII e XVIII. In: Revista de História, São Paulo, nº 169, jul-dez, 2013, p. 111-144.

SOUZA, George F. Cabral de. Tratos e Mofatras: o Grupo Mercantil do Recife Colonial, Recife, Editora da UFPE,

WADSWORTH, James. Children of the inquisition: minors as familiares of the inquisition in Pernambuco, Brazil,

-1821. In: Luso-Brazilian Review. Vol. 42, nº 1, 2005, p. 21-43.

Downloads

Publicado

2020-11-10

Edição

v. 7 n. 13 (2020): O NORTE COLONIAL: FONTES E ABORDAGENS RECENTES PARA A HISTÓRIA DAS CAPITANIAS DO NORTE

Seção

ARTIGOS DOSSIÊ

Licença

Concedo a Revista História Unicap o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).

Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.

Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista História Unicap acima explicitadas.

Como Citar

SANTOS, Everton Rosendo. O governo das armas: a administração dos terços auxiliares e ordenanças na Capitania de Pernambuco e a organização militar da Comarca de Alagoas (c. 1729-c. 1759). HISTÓRIA UNICAP , Recife, PE, Brasil, v. 7, n. 13, p. 106–123, 2020. DOI: 10.25247/hu.2020.v7n13.p106-123. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/historia/article/view/1667.. Acesso em: 27 dez. 2024.