Nativos e terras, colonizadores e gados: experiências e conflitos nas ribeiras do Piancó e Piranhas, Capitania da Paraíba, c. 1695 - c. 1750
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2019.v6n12.p215-231Palavras-chave:
Guerra dos Bárbaros, Sertões, Piranhas.Resumo
Este artigo busca traçar uma análise das relações entre indígenas e colonizadores luso-brasílicos nos sertões da Paraíba, na virada do Setecentos. Para tanto, almejamos compreender não somente quais foram as ações impetradas pelas forças de colonização saídas do litoral das chamadas capitanias do Norte, como também as estratégias e mecanismos que as populações nativas daqueles espaços lançaram mão visando não apenas a uma resistência per se, como também, por vezes, buscarem proveito na situação em favor de seus interesses nas guerras e conflitos existentes entre os diferentes povos indígenas. Por serem as fontes analisadas escritas nas instâncias administrativas do Império português – presentes na Coleção Documentos Históricos da Biblioteca Nacional, e também no Arquivo Histórico Ultramarino, disponibilizadas pelo Projeto Resgate – a visão do colonizador as permeia constantemente, exigindo, assim, uma cuidadosa análise.
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