O discurso anticomunista na revista eclesiástica brasileira 1960 a 1970
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2019.v6n11.p131-145Palavras-chave:
Igreja Católica, Teologia da Libertação, Revista Eclesiástica Brasileira.Resumo
A Igreja Católica no final do século XIX e no início do século XX adotou um discurso contrário ao pensamento marxista e a forma prática da ação de suas ideias. O primeiro papa a realizar uma declaração sobre o comunismo foi Leão XIII (1878-1903), que condenou a forma de ação dos marxistas na Europa em sua encíclica Rerum Novarum, posteriormente temos Pio X (1903-1914) e Bento XV (1914-1922) que seguiram o posicionamento de Leão XIII. Já Pio XI (1922-1939), vai adotar o discurso mais duro contra o pensamento comunista, na sua encíclica Divinis Redemptoris. Por sequência, teremos Pio XII (1939-1958) e João XXIII (1958-1963), que também seguiram seus antecessores. Baseando-se no Concílio Vaticano II, surge a Teologia da Libertação (TL) na América Latina, que une a doutrina pastoral da Igreja Católica com o pensamento marxista. O objetivo do nosso trabalho é investigar qual o posicionamento da Igreja Católica no Brasil diante do comunismo mundial, a partir dos artigos e comunicações encontrados na Revista Eclesiástica Brasileira (REB) entre os anos de 1960-1970. Através dessa revista iremos analisar a forma de discurso usado pela Igreja Católica do Brasil, antes do Concílio Vaticano II e do surgimento da Teologia da Libertação, perante o pensamento marxista.
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