A FEIRA LIVRE DE CARPINA: A TRAJETÓRIA DE UMA FEIRA ONDEAS LONAS E OS BANCOS DE MADEIRA CONTINUAM SENDOMONTADOS.
Palavras-chave:
Carpina, Feira Livre, História LocalResumo
Em 1882, o povoado então denominado de Chã do Carpina tinha em suas primeiras construções apenas alguns barracões e moradias de pau-a-pique e tijolo cru. No lugar não havia uma casa de mercado, mas já estava organizada uma feira. Em alguns anos, a feira livre montada com bancos de madeira e lonas, repletos dos mais diversos itens, tornar-se-ia a quarta de Pernambuco, fazendo de Carpina, em 1926, palco de um cenário tradicional em vendas dos mais variados itens, que atraia visitantes de diversas localidades para levar suas compras em balaios e cestas de palha. Com o advento do tempo, o espaço de comércio ao ar livre que movimentava as ruas se consolidou, alocando-se no Mercado Público da cidade, construído em 1941 e, permanecendo no local a despeito de tentativas de reorganização, que acabaram por não conseguir dobrar as lonas nem desmontar os bancos de madeira. Local onde se reproduzem múltiplas cenas sociais e onde repercutem as notícias citadinas, a feira livre do município de Carpina segue, ao longo do tempo, mesclando inovações e costumes, num retrato onde se encontram cestas e balaios que se resistem ao teste do tempo, contando a história de um passado que se mantém presente.
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