Tempo, Experiência e Morte
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2024.v24n2.p127-147Palavras-chave:
tempo, experiencia, norte, objetos, memóriaResumo
Meu ponto de partida neste escrito é o desejo de responder à questão de por que estar morto por um dia é exatamente o mesmo que estar morto por milhões de anos. Na primeira parte do trabalho concentro-me em tentar explicar em que consiste especificamente a utilidade do conceito de tempo. Em seguida conecto minhas observações com uma declaração particularmente relevante e importante do Tractatus, que se refere ao fato de que a morte não é uma experiência. Em geral, meu ponto de vista é que “tempo” é acima de tudo um conceito organizacional, qualificação, etc (como “espaço”), ou seja, serve para colocar ordem em nossas experiências, pois nos permite coordenar a ordem ou a sequência dos eventos com minha subjetividade, isto é, com minha perspectiva particular da realidade. O conceito de tempo integra o que é frequentemente descrito como “tempo mental” e como “tempo físico” ou, como no caso de Wittgenstein, como o“tempo da informação” e “tempo da memória”. Com base nesta dicotomia, examino criticamente a concepção substancialista do tempo, que faz 'tempo' um nome, e isso da minha perspectiva é refutado. Por último, Exemplifico a utilidade do uso do termo ‘tempo’ na linguagem coloquial e concluo explicando por que o tempo não se aplica realmente a os mortos.
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Referências
MALCOLM, Norman. Memory and the Past, Three Forms of Memory” and “A Definition of Factual Memory in MALCOLM, Norman. Knowledge and Certainty. Essays and Lectures. Cornell University Press. Ithaca/London, 1963
TOMASINI, Alejandro. Intelligibility and Objectivity of Psychological Language. Global Journal of Human social Science, Linguistic and Education, Vol. 21, Issue 3. Version 1.0, p. 2021.
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