Kierkegaard e Wittgenstein:
O silêncio e o paradoxo
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2022.v22n1.p05-18Palavras-chave:
Paradoxo, Fé, Linguagem, SilêncioResumo
O presente artigo pretende analisar o caminho entre linguagem e fé nas obras Migalhas Filosóficas e Postscriptum de Kierkegaard, além da possibilidade de uma ligação entre a visão religiosa de Wittgenstein em Tratactus Logico-Philosophicos e Investigações Filosóficas. A metodologia utilizada será uma análise comparativa narrativa do pensamento do autor de Migalhas Postscriptum e sua “relação” com o TLF (Tratactus Lógico- Philosophicos) e IF (Investigações Filosóficas), tendo como base as obras primárias do texto. Ademais, o artigo apresenta uma introdução geral e descritiva do problema central, ou seja, a relação entre o silêncio e o paradoxo na visão comparativa entre Kierkegaard e Wittgenstein. No segundo momento, busca-se ampliar a temática central a partir do desenvolvimento de problematização a respeito do silêncio e do paradoxo, de maneira mais minuciosa, evidenciando a dimensão metafísica da fé enquanto dimensão da linguagem, tanto em Kierkegaard quanto em Wittgenstein. Além disso, busca-se a descrição da linguagem como experiência indizível, isto é, “sobre o que não se pode falar deve-se calar”. Por fim, como fundamentação secundária, e tomando como base outras pesquisas já realizadas nessa aproximação, buscamos encontrar evidências em outros escritos e leituras de ambos os filósofos como apoio para a problematicidade do tema.
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