Singularidade Inabitada: Perspectiva para se Tematizar a Ideia de uma Mesmidade ek-sistente

Autores

  • Marli Silveira Universidade de Passos Fundos

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2020.v20n2.p167-193

Palavras-chave:

Singularidade Inabitada. Heidegger. Entre. Mundo. Mesmidade.

Resumo

O conceito “singularidade inabitada” fundamenta-se na perspectiva da compreensão da condição humana desobrigada de uma subjetividade aprofundada para dentro, como se existisse uma organicidade da mesmidade. Ao não encontrar uma estadia fixa, a singularidade desdobra-se da tensão “entre” o dentro e o fora, vertida enquanto corporeidade sensível. Não se trata de negar a psique humana e os processos constitutivos da subjetividade, nem de ofuscar a dimensão da “carne” humana. O que está em questão é que o modo de ser do indivíduo humano vai se apresentando a partir da sua relação originária com o ser, em cuja tensão se abre um espaço que torna possível a “emergência” da sua mesmidade, sempre aberta para novos tensionamentos. Desdobrada a partir da analítica existencial heideggeriana a “singularidade inabitada” procura responder pelo “quem” que é próprio do modo de ser do ente que tem na existência sua morada ontológica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marli Silveira, Universidade de Passos Fundos

    Doutora em Educação (Filosofia da Educação) pela Universidade de Passo Fundo, RS.

Referências

CARDINALLI, Ida E. Heidegger: o estudo dos fenômenos humanos baseados na existência humana como ser-aí (Dasein). In: Psicologia USP, 2015, volume 26, número 2, pag. 249-258.

CARON, Maxene. Sur la question du corps dans la pensée de Heidegger: De Sein und Zeit aux Séminaires de Zollikon. Archives de Philosophie, 2008/2 tome 71, p.309-329. Disponível in http://www.carin.info/revue-archives-de-philosophie-2008-2-page 309.htm.

DASTUR, F. Heidegger et la Question Anthropologique. Éditions de L’Institut Supérieur de Philosophie, Louvain-la-neuve, Éditions Peeters, Louvain – Paris, 2003.

DUARTE, André. Heidegger e a possibilidade de uma antropologia existencial. In: Natureza humana. vol. 6, n.1. São Paulo, junho de 2004.

FERREIRA, Acylene M. Cabral. A constituição ontológico-existencial da corporeidade em Heidegger. Síntese, Belo Horizonte, v. 37, n. 117, p.107-124, 2010.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo I. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1993.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo II. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1993.

HEIDEGGER, Martin. Seminários de Zollikon. São Paulo: EDUC; Petrópolis: Vozes, 2001.

JOSQUILBERG, Fabíola P. Possibilidade de compreensão do corporar a partir da analítica do ser-aí: outra leitura para a atenção psicológica. São Paulo: UPS, 2013.

LOPARIC, Zeljko. Além do inconsciente: sobre a desconstrução heideggeriana da psicanálise. Natureza Humana, v. 3, n. 1, p. 91-140, jan./jun., 2001.

MICHELAZZO, José C. Do um como princípio ao dois como unidade. Heidegger e a reconstrução ontológica do real. SP: FAPESP: Annablume, 1999.

POMPEIA, J. A. Corporeidade. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse, 12, 28-42. 2003.

Downloads

Publicado

2020-10-01

Como Citar

SILVEIRA, Marli. Singularidade Inabitada: Perspectiva para se Tematizar a Ideia de uma Mesmidade ek-sistente. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 20, n. 2, p. 167–193, 2020. DOI: 10.25247/P1982-999X.2020.v20n2.p167-193. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/1796.. Acesso em: 23 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 191

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.