Restrição da entrada de estrangeiros no Brasil preocupa defensores de Direitos Humanos

O Diário Oficial da União (DOU) divulgou portaria prorrogando a restrição à entrada de estrangeiro por via terrestre até o dia 4 de novembro seguindo às recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido a pandemia da covid-19. Enquanto isso, as entradas por via aérea estão liberadas desde o dia 25 de setembro. 

Tais restrições não se aplicam a nativos brasileiros ou naturalizados; imigrantes com residências de caráter definitivo; profissionais estrangeiros em missão à serviço do organismo internacional, desde que devidamente identificados; profissionais estrangeiros acreditados junto ao Governo brasileiro ou estrangeiro que seja cônjuge, filho, pai ou curador de brasileiro. Essa exceção também é aplicada para o transporte de cargas. 

O não cumprimento dessa restrição pode acarretar duas sanções graves. A primeira sendo a possibilidade de deportação imediata e a segunda é a inabilitação de pedido de refúgio, ainda que em situação de guerra, perseguição política ou de grave violação dos direitos humanos. Essas penalidades vêm causando grandes preocupações para a Defensoria Pública da União (DPU).

O Defensor Público Federal, coordenador da Área de Migração e Refúgio da DPU/SP e do GT Nacional Migrações, Apátrida e Refúgio falou sobre o impacto negativo dessa prorrogação para a garantia do direito de refúgio que está prevista em lei no Estatuto dos Refugiados, que integra o sistema de Direitos Internacionais dos Direitos Humanos, além de violar a Lei de Refúgio brasileira. “O que nós apontamos nas ações civis públicas é que o Brasil apresenta um modelo extremamente contraditório de que turistas possam ingressar no país por via aérea e sem qualquer tipo de controle sanitário e impedem que pessoas em situação de grande vulnerabilidade ingressem no Brasil por via terrestre.” Ele conclui falando que o Brasil tem o dever de combater a covid-19, mas que esse controle nas fronteiras não podem ser feito a custo da violação dos direitos humanos “A nossa interpretação é que o Brasil pode estabelecer outras medidas de controle, mas não impedir de modo radical que qualquer pessoa ingresse no Brasil por via terrestre quando alegue situação de refúgio. Se houver essa alegação, o país tem o dever de promover a admissão excepcional no território e garantir seu direito de solicitar refúgio pelas vias cabíveis”, afirma.

 

Texto: Deborah Amanda

A periferização da Covid-19: como a doença que chegou de avião da Europa subiu os morros do Brasil.

Por Vitória Floro.

A Covid-19 chegou ao Brasil por meio da classe-média alta, com os brasileiros que retornaram ao país de viagens pela Europa, mas não demorou muito para subir os morros e encontrar as populações periféricas. A instalação da pandemia em um país de proporções continentais resultou em um fenômeno não experimentado antes por outros países ao redor do mundo e isso diz respeito às diferentes manifestações da doença nos diferentes contextos sociosanitários e geopolíticos.

A edição especial do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, trouxe uma análise dos seis meses da pandemia no Brasil, que reúne não só dados médicos e científicos sobre o avanço da doença, mas também traz a diferença do desenvolvimento do vírus entre os bairros “sem favelas ou com pouca concentração de favelas” e aqueles com “altíssima concentração de favelas”. Segundo o Boletim, nas áreas onde a pobreza urbana é mais acentuada o novo coronavírus avança com mais rapidez devido a falta de políticas públicas que promovam medidas de saúde coletiva e proteção sanitária.

Diferente dos moradores de outras regiões da cidade, dentro da favela, de acordo com a Fiocruz, existem diversas situações que vulnerabilizam ainda mais a população destes territórios, como a precariedade no acesso aos serviços de saúde; a realização de operações policiais em favelas durante a pandemia; a falta de abastecimento de água; as remoções de moradores de suas casas; as diversas situações de racismo; a fome e insegurança alimentar.

Ainda de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, em 2018, mais de 11 milhões de brasileiros moram em casas superlotadas, que abrigam mais de três pessoas por dormitório. Essas condições tornam mais difícil a manutenção das medidas de prevenção como o isolamento social. Aliado a isso, o Boletim alerta para a situação econômica dos moradores das favelas, em sua maioria trabalhadores informais, que perderam suas fontes de renda e precisam ir às ruas em busca de emprego ou não conseguem continuar seus trabalhos por via remota, acelerando o ritmo de contágio. 

Essa é uma realidade vivida diariamente por Débora Paixão, jovem comunicadora popular da comunidade do Jacaré em Maranguape I no município de Paulista e integrante do Coletivo Fruto de Favela. Ela explica que a secretaria de saúde não esteve presente para atuar com medidas de prevenção, informação e combate a Covid-19 dentro da sua comunidade. Por isso, se viu na obrigação de cumprir o papel que deveria ser do Estado. “Realizamos diversas ações, como a entrega de cestas básicas, produtos de limpeza, máscaras e álcool em gel. Também colocamos cartazes informativos para incentivar a conscientização da comunidade.” Débora ressalta que essas iniciativas são obrigações do governo, mas que os jovens da comunidade não pretendem ficar parados enquanto seus vizinhos e familiares passam dificuldades, por isso, se mobilizam para articular as ações de combate ao novo coronavírus.  Assim, como na comunidade do Jacaré, ao redor do Brasil a Fiocruz afirma ter encontrado “uma multiplicidade de iniciativas potentes dos moradores das favelas no enfrentamento da pandemia, atuando sobre esse conjunto de problemas abordados com efetivos resultados, a despeito da omissão do Estado em prover ações protetivas emergenciais em face da pandemia.”

Imagem: Fruto de Favela.

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OIM e Visão Mundial lançam projeto focado em mulheres e geração de renda

ONU Brasil: https://bit.ly/3ocnLoI 

 

Dia D: OPAS participa de mobilização para vacinar crianças e adolescentes no Brasil

ONU Brasil: https://bit.ly/2HkEN3r 

 

Candidatas de axé abrem caminhos para outra política

Marco Zero Conteúdo: https://bit.ly/3dUDGUh

 

Covid-19: País tem queda de braço sobre obrigatoriedade de vacina

Diário de Pernambuco: https://bit.ly/37pRAfC 

 

Protesto por morte de adolescente interdita BR-232

Diário de Pernambuco: https://bit.ly/34ffZ5R 

 

Estudantes do 1º ano do ensino médio voltam às aulas presenciais em Pernambuco

Jornal do Commercio: https://bit.ly/34cWudS

 

EUA fazem de tudo para impedir negros e latinos de votar

The Intercept: https://bit.ly/37oYulp

 

Haiti: tribunal popular denuncia violações de missão da ONU comandada pelo Brasil

Brasil de Fato: https://bit.ly/3m6ibmg

 

Tiroteios param trens 94 vezes em 22 meses no Rio de Janeiro

ANF: https://bit.ly/3keZmws 

 

Milícias já dominam um quarto dos bairros do Rio de Janeiro, com quase 60% do território da cidade

El País: https://bit.ly/3jbNaex 

 

Filhos do Presidente e outros 19 parlamentares estão na ‘fila’ dos conselhos de ética

O Globo: https://glo.bo/2TcuOzG

 

Carla Zambelli apresenta projeto de lei contra vacinação obrigatória para a Covid-19

Folha de S.Paulo: https://bit.ly/3lYXyIq

 

Perfis falsos no WhatsApp: entenda novo golpe que afetou Guilherme Boulos

UOL: https://bit.ly/2T8hr3z

 

CHILE: 1 ano de rebelião!

Mídia Ninja: https://bit.ly/34fUiSV

 

O lugar do encarceramento na violência institucional contra povos indígenas no Brasil

CIMI: https://bit.ly/2TdgxTa

 

É seguro viajar de avião durante a pandemia do novo coronavírus?

El País: https://bit.ly/2ILzDxP

 

COMUNICARDH

Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara

Recife, 20.10.2020

 

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Estudo aponta “epidemia de diabetes” entre os índios xavantes
Galileu: https://glo.bo/2HbJTim

Covid-19 avança, cada vez mais, em comunidades indígenas
Metropóles: https://bit.ly/2T53hjq

Fogo, grileiros e gado ameaçam terra de indígenas isolados que liderou desmatamento
DW: https://bit.ly/31ivvf1

Fala sobre os indígenas feita pelo Presidente do Brasil em live causou “racha” e pedido de demissão no alto escalão do Facebook, revela revista norteamericana The New Yorker
Época Negócios: https://glo.bo/348pNOR

Plataforma “AmazôniAtiva” vira “vitrine virtual” de produtos da Amazônia, gerando renda para comunidades locais e estímulo a preservação ambiental
Folha MT: https://bit.ly/3lUe10y

Ministério Público Federal oferece queixa-crime contra André Valadão pelo crime de homofobia
Pensar Piauí: https://bit.ly/2GZypyH

Atriz Olívia Torres compartilha mensagens homofóbicas recebidas no Instagram e afirma: “vou entrar com um processo”
F5: https://bit.ly/3lY6Cxm

Ator Igor Cosso revela no TEDx Talks episódio de homofobia que enfrentou dentro do ambiente de trabalho: “fiquei desesperado”
Observatório da TV: https://bit.ly/3lZovvs

DragQueen Sophia Barclay alega que foi alvo de homofobia em templo da Universal no Rio de Janeiro; Igreja se comprometeu em apurar o caso
Ricardo Feltrin – Colunista do UOL TV e Famosos: https://bit.ly/3dEMcqi

Advocacia Geral da União questiona decisão do STF que criminalizou e equiparou homofobia e transfobia ao crime de racismo
G1: https://glo.bo/355tNyQ

Exposição em São Paulo expõe detalhes da perseguição contra a população LGBT durante o período da ditadura militar
Guia Gay de São Paulo: https://bit.ly/3j7o0xP

Xuxa lança livro infantil “Maya: bebê arco-íris” com temática LGBTQIA+; inspirado em uma de suas afilhadas, livro conta, de maneira lúdica, a história de uma “anjinha” que escolheu ter duas mães na Terra
Hypeness: https://bit.ly/3kkBgjO

Mulher que disse “odiar negros” faz novos ataques racistas após pagar fiança
UOL: https://bit.ly/357HBc3

Racismo sistêmico é um dos destaques do último dia do Power Trip Summit 2020
Marie Claire: https://glo.bo/31iep0T

Branco ou Negro? Colunista aponta alternância em autodeclaração dada ao TSE por candidatos que vão disputar as eleições municipais deste ano
Época Negócios: https://glo.bo/2T0jB5f

Negros são oito de cada 10 mortos pela polícia aponta Anuário Brasileiro de Segurança Pública
UOL: https://bit.ly/2FG5K0H

➡ “Blackface” em pleno século XXI? Humorista Carioca se caracteriza de negro em esquete para o reality show “A Fazenda” e divide opiniões entre os internautas; nesta reportagem, entenda porque esse tipo de caracterização é considerada um ato racista
Notícias da TV: https://bit.ly/3lWrNQb

Em seu novo serviço de streaming, Disney passa a emitir “alertas de racismo e bullying” em obras como Dumbo e Peter Pan
Yahoo! Estilo & Vida: https://bit.ly/3obLBkK

Após ser vítima de assédio e sofrer ameaças de estupro e morte, Microsoft demite apresentadora do canal oficial do Xbox Brasil no Youtube
UOL: https://bit.ly/3dIX32s

Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que país registrou um estupro a cada 8 minutos em 2019
Gazeta Web: https://glo.bo/3kgfmhN

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Recife, 19.10.2020

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Secretário diz que vaga em creche só é confirmada após pais efetivarem o cadastro
Folha de S. Paulo: https://bityli.com/ChUfu

Desemprego cresce no norte e nordeste após redução do auxílio emergencial
Folha De S. Paulo: https://bityli.com/wfRs0

Pelo fim do apedrejamento moral das crianças negras
Carta Capital: https://bityli.com/Q8MWH

Fila para entrar no bolsa família cresce durante pandemia
Carta Capital: https://bityli.com/TpSit

STF examina nesta terça feira medida que vetou ações policiais em favelas do Rio na pandemia
Folha de S.Paulo: https://bityli.com/AYJhB

Ligue 180 recebe denúncias de que marido bolsonarista agrediu ex-secretária de Damares
Folha de S.Paulo: https://bityli.com/zJCV2

Tarsila Popular’ e Emanoel Araujo vencem Prêmio ABCA, de artes plásticas
Folha de S.Paulo: https://bityli.com/voleY

Comissão da Alepe organiza comemoração do centenário de Paulo Freire
Folha de Pernambuco: https://bityli.com/HO7oJ

São Paulo lança plano de investimentos e diz que PIB do estado já voltou ao nível pré-crise
Folha de S.Paulo: https://bityli.com/w5ZlG

Pernambuco confirma 654 novos casos e 13 mortes pela covid
Folha de Pernambuco: https://bityli.com/nLInz

➡ Justiça Eleitoral de Jaboatão tenta barrar foto na urna de mulher preta de terreiro
Marco Zero Conteúdo: https://bityli.com/mgdbA

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Recife, 16.10.2020

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Filme brasileiro que mostra expedições por comunidades indígenas é premiado no Festival Biarritz

É de senso comum que ainda falta bastante representatividade nas produções audiovisuais, e a causa indigena é uma das mais esquecidas da sétima arte. Por isso, trazer visibilidade para essa causa se mostra cada vez mais importante. O filme ‘O Índio Cor de Rosa contra a Fera Invisível’, dirigido por Thiago Carvalho, que é um exemplo dessa representatividade e uma voz nessa luta, conquistou dois prêmios no Festival Biarritz. Um público de melhor documentário e um dos estudantes do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL). Ele conta a trajetória das expedições de Noel Nutels, médico sanitarista e um dos primeiros a denunciar o genocídio dos povos indígenas no Brasil, que dedicou sua vida ao tratamento de saúde dessas comunidades.

O documentário que estreou no dia 10 de outubro aqui no Brasil, reúne cenas de 21 filmes dirigidos pelo próprio Nutels. Elas são de uma expedição feita pelo médico junto com a equipe do Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas (SUSA), em ações de combate a tuberculose. As imagens inéditas tiradas do seu acervo pessoal, são uma denuncia em oposição, como dito por ele, ao massacre contra os povos indígenas do Brasil.

Em conversa com o Festival Internacional de Curitiba, Olhar de Cinema, a equipe do filme falou sobre o processo de produção, o resgate das imagens e a escolha dos áudios. Também estava presente na entrevista, Bertha Nutels, filha de Noel, que discursou sobre o amor do pai pelo Brasil e seu trabalho em vida. “O que o papai fez foi tentar fazer com que os netos vissem o que era o Brasil e em que está se transformando”. Ela concluiu sua fala convidando aos jovens para assistirem o filme para que possam tomar uma posição no futuro.

 

Texto: Deborah Amanda

30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: Avanços, Desafios e Perspectivas de Controle Social.

A Escola de Contas, por meio do programa TCEndo Cidadania realizou, nesta quarta-feira, o Webinar: 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Avanços, Desafios e Perspectivas do Controle Social. O evento teve o objetivo de alcançar conselhos tutelares e conselhos de direitos da criança e do adolescente em todo o Estado de Pernambuco, comunidade universitária e membros e servidores do Tribunal de Contas que atuam na área de controle.

A discussão, mediada pelo conselheiro do TCE, Carlos Neves, teve o objetivo ainda de debater os desafios do controle social na temática dos direitos humanos, em especial aqueles relacionados à criança e ao adolescente. O professor Manoel Moraes coordenador da Cátedra UNESCO/UNICAP de Direitos Humanos Dom Helder Câmara alertou para a necessidade não só da celebração dos 30 anos do Estatuto, mas também, lembrou que ainda existe muito a ser construído. “Temos uma sociedade muito discriminatória, um racismo estrutural que permeia a sociedade, a essas pessoas, o Estatuto ainda não chegou, é por isso que precisamos nos unir: o Estado, a academia e a sociedade civil. Para que nós possamos reverter essa situação”, alertou.

Kátia Pintor, representante do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social/CENDHEC, também expressou preocupação semelhante, ao questionar “como implementar políticas sociais quando se vive em um país, como o Brasil, em que o trabalho infantil é normalizado, e que seguem-se as normas do sistema capitalista, onde lucro vale mais do que a vida de pessoas e do que o bem estar das crianças e adolescentes?” Katia ainda lembrou, que no período da pandemia, as crianças e adolescentes podem não configurar grupo de risco, mas estão entre aqueles que, devido o isolamento social, podem ter seus direitos fragilizados, por viverem em condições precárias de habitação ou em contato direto com seus agressores.

O Estatuto da Criança e do Adolescente foi criado em 1990 e nasce para atender as necessidades que o antigo Código de Menores não conseguiu. Foi a partir dele que o conceito de cidadania passou a ser pensado para além dos adultos, transformando a figura da criança e do adolescente em uma prioridade absoluta e o seu cuidado um dever social que integra não só a família, como também, o Estado e a sociedade.

 

Matéria por: Vitória Floro.

☑ COMUNICARDH 👀 Clipping da Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara

➡ OIM firma parceria com Fundação Gabo para promover cobertura jornalística de qualidade sobre migração
ONU Brasil: https://bit.ly/3lNSLcY

➡ Anticorpos de Covid-19 indicarão tamanho real da pandemia e da imunidade
Folha De S. Paulo: https://bit.ly/33VXoLR

➡ Há uma epidemia que está agravando a crise de covid-19: nos alimentarmos com comida de baixa qualidade
BBC NEWS Brasil: https://bbc.in/3nSZt3a

➡ Por que um acordo de paz entre Israel e Arábia Saudita parece mais próximo do que nunca:
BBC NEWS Brasil: https://bbc.in/3j6fAH6

➡ Rede pública estadual do Rio aprovará todos os alunos este ano
Carta Capital: https://bit.ly/3nSZqV2

➡ Presidente da Fundação Palmares exclui Marina Silva da lista de personalidades negras da instituição
Carta Capital: https://bit.ly/3j2PZyu

➡ Covid-19 ameaça a luta contra a tuberculose, alerta OMS
Folha de Pernambuco: https://bit.ly/318GHLl

➡ Rússia registra segunda vacina contra o coronavírus e bate novo recorde de casos
Folha de Pernambuco: https://bit.ly/3k0IlGn

➡ Eleições 2020: moradores de favelas estão desmotivados com o cenário político
ANF: https://bit.ly/3j1b7Fg

➡ Pandemia faz mulheres da periferia gastarem mais com transporte
ANF: https://bit.ly/3j3r65Q

➡ Quarta onda da pandemia: como pacientes do SUS estão se tratando?
ANF: https://bit.ly/3iYQ8TL

➡ Em nove meses, Presidente cometeu 299 ataques ao jornalismo, diz Fenaj
O Globo: https://glo.bo/3nZjtkP

➡️ Nem cem: Pernambuco tem apenas 99 mulheres disputando prefeituras
Marco Zero Conteúdo: https://bit.ly/2Ip5IeE

➡️ Um vírus e duas guerras: uma mulher é morta a cada nove horas durante a pandemia no Brasil
Marco Zero Conteúdo: https://bit.ly/318D4VB

☑ COMUNICARDH
Clipping produzido pela Cátedra Unesco/Unicap de Direitos Humanos Dom Helder Camara
Recife, 14.10.2020

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Comemoração aos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

O UNICEF em parceria com o Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) realiza nesta quinta feira, dia 15, uma live que tem o objetivo de formar novos Conselheiros Tutelares e Sistema de garantia de Direitos, para marcar os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) .

Serão cinco módulos com a proposta de agregar e promover conversas com instituições e organizações envolvidas com refugiados e migrantes da Venezuela. A formação tem como objetivo ainda entender as estratégias propostas a serem adotadas para a proteção, prevenção e encaminhamento de crianças e adolescentes refugiadas ou imigrantes.

A live de abertura será exibida pelo canal do UNICEF Brasil no Youtube, às 14 horas.
Para se inscrever no processo formativo basta copiar e colar o link abaixo.

https://surveyheart.com/form/5f7c75b64e5cf3435728d945#welcome

 

✍️: Ana Júlia Duarte

A RETOMADA DA VIDA SOCIAL EM MEIO AOS NOVOS RECORDES DA PANDEMIA

Depois de sete meses desde que a COVID-19 deu seus primeiros sinais no Brasil, o país atinge a marca de 150 mil mortos pela doença, e 5 milhões de infectados – o segundo país mais afetado, atrás apenas dos Estados Unidos. Entretanto, o aumento desses números tem desacelerado, os estados brasileiros já buscam pela reabertura total e planejada do isolamento social e as pessoas já estão de volta às ruas, às praias e aos trabalhos presenciais. O “Novo Normal” já chegou, e já é seguro continuar a viver normalmente? Ou o país precisa se preparar com uma segunda onda do vírus, em decorrência da movimentação nas ruas?

Desde o primeiro registro de óbito pelo coronavírus, o Brasil precisou lidar com desinformação, brigas internas entre os seus líderes, trocas de ministros da saúde, e com pessoas determinadas a contradizer as medidas de prevenção ao vírus. Hoje, meses depois, diversos municípios começam a retomar suas atividades, e a população volta a ocupar bares, restaurantes e praias sem que o sistema de saúde entre em colapso. Enquanto isso, outras cidades ainda precisam lidar com grandes números de infectados e em situação de risco, sobrecarregando os hospitais.

Contudo, é um fato que o aumento dos índices de óbitos e infectados pelo vírus têm desacelerado. Em entrevista ao UOL, Márcio Sommer Bittencourt, médico do centro de pesquisa clínica e epidemiológica do hospital universitário da USP, explicou que a queda nos números de novos contaminados é um processo natural. 

“Quando você soma uma parte dos doentes que não sai de casa; uma parte da população usando máscara; uma parte da população higienizando as mãos; uma parte da população permanecendo distanciada; uma parte da população já infectada e, provavelmente, já imune; tudo isso se soma e faz com que a curva desacelere. Aí, temos uma queda lenta e gradual.” 

Mesmo durante o processo de desaceleração, o Brasil continua a bater novos recordes de óbitos e contaminação – como a recém atingida marca de 150 mil mortos pelo COVID-19. Para a vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Bernadete Perez, esse número poderia ser muito maior, mas também poderia ter sido evitado, se não fosse pela ausência do Governo Federal no combate da pandemia. “Nós tivemos uma ausência do Governo Federal na resposta à epidemia, tanto do ponto de vista clínico-epidemiológico, como do ponto de vista simbólico, social, de investimento em pesquisas. Mas ela poderia ser maior, não fosse a articulação de serviços e instituições que ainda resistem nos territórios, que representam o SUS (Sistema Único de Saúde),” afirma.

Com a reabertura do comércio e das áreas de lazer em quase todo o país e a grande movimentação de pessoas nos estabelecimentos e nas praias, é fato que o “novo normal” já começou a se instaurar, mas isso não significa que a pandemia acabou – na realidade, os riscos existirão até existir uma vacina eficiente em circulação. Então, para continuar retomando a vida fora do isolamento, é necessário continuar seguindo os protocolos de segurança: uso de máscaras, higienização das mãos com álcool em gel 70%, distanciamento social e o auto isolamento em caso de sintomas do vírus.

 

TEXTO: Guilherme Anjos