XXXII Seminário de Pesquisa e Práticas Pedagógicas busca o novo
|Na última terça-feira (7) teve início a XXXII Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica. Na oportunidade, estudantes dos cursos de licenciatura da Unicap apresentaram seus projetos de pesquisa, que são desenvolvidos durante o período de estágio. Os projetos foram expostos e apresentados na Biblioteca da Unicap e no auditório do CTCH.
Durante os dias 7 e 8 de novembro, 44 projetos foram apresentados. Dentre eles, o das alunas Bárbara Félix, Amanda Santiago, Natália Menezes e Íris Cíntia, que tinha como título “Produções Artísticas no Ensino de Língua Portuguesa”. A proposta delas foi de fazer uma intervenção artística com estudantes do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio Barbosa Lima, que fica ao lado do Hospital da Restauração. Cansados das tradicionais aulas, os alunos fora instigados a participar da ação e se envolver de uma forma mais lúdica e dinâmica. “Nós levamos eles para área da literatura, introduzimos a Semana de Arte Moderna, falamos de literatura negra, LGBT e feminista. Também propusemos a liberdade de expressão, para que cada um trouxesse para a sala de aula algum tipo de arte que quisesse expressar, relatou Bárbara Félix, uma das representantes. A intervenção acabou acontecendo num parquinho dentro da escola. O detalhe é que o parque estava abandonado e os próprios alunos com a orientação das professoras foram os responsáveis pela recuperação. No dia da apresentação, houve danças, capoeira, cordel e poemas.
O professor e orientador do curso de Letras, Antonio Moraes, destacou a busca pelo novo e inusitado. Para ele, muitos trabalhos têm o potencial de serem desenvolvidos numa pós ou mestrado. “Foram escolhidas áreas bem variadas e, principalmente, uma busca pelo novo. Alunos preocupados em trazer algo diferente do que vem sendo feito. Percebemos também que há um entusiasmo muito grande porque os alunos estão começando a perceber o ensino como uma possibilidade de mudar a realidade das escolas. Vemos uma motivação nisso”.
Reforma no Ensino
A reforma do Ensino Médio é uma mudança na estrutura do sistema atual. Propondo uma flexibilização da grade curricular, o novo formato permitirá que o aluno escolha a área de conhecimento para aprofundar seus estudos. A nova estrutura terá uma parte que será comum e obrigatória a todas as escolas (Base Nacional Comum Curricular) e outra parte flexível. Com isso, o Ensino Médio aproximará ainda mais a escola da realidade dos estudantes à luz das novas demandas profissionais do mercado de trabalho. E, sobretudo, permitirá que cada um siga o caminho de suas vocações e sonhos, seja para seguir os estudos no nível superior, seja para entrar no mundo do trabalho. Foi sobre esse tema que Maria da Conceição Santos, pedagoga formada pela UFPE, abordou em sua palestra na noite de abertura. “É preciso evidenciar tudo isto. Debater as mudanças e a reorganização do currículo, que também acaba afetando o pessoal da licenciatura”.