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Vida diplomática de Joaquim Nabuco é tema de minicurso na Católica

Em homenagem ao ano de centenário de morte do abolicionista e primeiro embaixador do Brasil, Joaquim Nabuco, o minicurso Pernambucanos Ilustres no Cenário Internacional teve início apresentando a importância da vida do diplomata. Nessa quarta-feira (7), no auditório do Centro de Teologia de Ciências Humanas (CTCH), no primeiro andar do bloco B, às 17h30, o professor e assessor de Relações Internacionais da Universidade Católica de Pernambuco, Thales Castro, ministrou a primeira aula, que terá continuidade nos dias 14 e 28 de abril, no mesmo horário e local.

Organizado em parceria pela Assessoria de Relações Internacionais (Asserint) e pelo curso de Teologia, o evento contou com a participação de alunos dos cursos de Teologia e Filosofia. Para iniciar, o professor falou um pouco da proposta do minicurso e da relação entre os pernambucanos escolhidos. Além de Nabuco, o poeta João Cabral de Melo Neto e o médico Josué de Castro vão integrar o conteúdo destinado para as próximas aulas. Segundo Thales, a conexão entre os três será baseada no aspecto humanista e, de maneira isolada, na vida diplomática.

Na aula, o professor mostrou três faces de Nabuco: humanista, político e diplomata. “Esse é mais um evento, promovido pela Católica, para celebrar o Ano Nacional Joaquim Nabuco. Com isso, a Universidade demonstrou estar atenta à contribuição de Nabuco no espaço internacional”, relata o professor.

Ele contribuiu para a construção de uma identidade da vida brasileira, através de sua luta pela libertação dos escravos. Devido ao fato de o Brasil ter sido o último país da América Latina a acabar com a escravidão, os trabalhos do abolicionista duraram por muito tempo e contaram com uma relevante ajuda do pai, o Conselheiro Nabuco.

No ano de 1888, o abolicionista se afasta da vida pública e se aproxima da literatura, estreitando laços com o escritor Machado de Assis. Entre os livros escritos por Nabuco estão: O Abolicionismo (1883) e Um Estadista do Império (1896). O professor Thales enfatizou este último como obra ideal para compreender a dinâmica parlamentar no período imperial e, dessa forma, ser possível a compreensão do sentido do Brasil.

O campo político diplomático foi tópico enfatizado durante a aula. A diplomacia brasileira é baseada no paradigma da política exterior do Barão de Rio Branco. Mas, para o professor Thales, a política internacional deveria ser focada também no modelo Joaquim Nabuco, em conjunto com o então chanceler Rio Branco. Ambos constituíram um compromisso com o direito internacional, trazendo respeito ao Brasil no parâmetro estrangeiro. Para exemplificar o auge dessa relação, foi citada como mais importante o ato de criação de uma embaixada.

Serviço:
Minicurso Pernambucanos Ilustres no Cenário Internacional
Dias: 14 e 28 de abril
Local: Auditório CTCH, 1º andar – Bloco B
Horário: 17h30

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