Boletim Unicap

Tese do Prof. José Orlando supera 10 mil consultas na Biblioteca Digital da USP

A tese defendida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) pelo ex-diretor do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Católica de Pernambuco, professor José Orlando, superou a marca de 10 mil consultas na Biblioteca Digital da universidade paulista, no período de 5 anos. Orientada pelo renomado pesquisador Paulo Helene, a tese está disponível em português, inglês, francês e espanhol.

A tese “Avaliação da Resistência à Compressão do Concreto Através de Testemunhos Extraídos” foi aprovada por unanimidade pela banca examinadora. O tema é explicado pelo docente. “O trabalho foi feito com o intuito de demonstrar contribuições à estimativa do coeficiente de correção, devido aos efeitos do bloqueamento”. Não entendeu? Ele resume: “basicamente, é facilitar a avaliação de resistência das estruturas prontas, como prédios e casas.”

Em entrevista ao Boletim Unicap, o professor Paulo Helene disse que “todas as teses de doutorado, em princípio, deveriam ser originais e deveriam trazer um conhecimento novo para o meio técnico. Essa tese do José Orlando não é diferente, ela fez exatamente isso, é original em um campo que ainda se tinha dúvidas. Acontece que é uma informação muito oportuna para o momento que nós estamos vivendo hoje na construção civil no Brasil, onde houve um crescimento muito grande da demanda de obras novas, de concreto, etc., e, consequentemente, as dificuldades de material e de atender tamanho crescimento de demanda fazem com que, às vezes, o concreto não venha com a resistência que deveria ter, ou a construtora não realiza, não executa com a qualidade que ela deveria executar a estrutura. Então, isso gera a necessidade de você ir avaliar o comportamento, a resistência do concreto na obra acabada, quer dizer que aqueles controles que você fez não foram suficiente e é onde as tese dele contribui, porque ele viabiliza extrair amostras muito pequenas, de dimensões muito pequenas, afeta um pouco. Quando você vai avaliar uma estrutura você tem que dispor de métodos não destrutivos, ou pouco destrutivos porque você não quer demolir a estrutura, você quer saber se ela está boa ou não. Então, José Orlando fez um trabalho onde ele demonstra que você pode fazer isso, com amostras pequenas, interferindo pouco na estrutura e tendo uma resposta confiável. Isso foi uma coisa que ele fez e que é muito original e todo mundo, meio técnico, está interessadíssimo. Muitas vezes a gente ouve críticas de que a universidade faz pesquisa para ficar na prateleira, não é o caso de José Orlando, definitivamente não é o caso da tese dele.”

O professor Paulo Helene falou ainda do sentimento de ter orientado a tese do professor José Orlando. “Me sinto muito orgulhoso, muito feliz pelo resultado do trabalho dele ter sido bom, do ponto de vista, acadêmico e ter sido excelente do ponto de vista da contribuição, quer dizer, responder uma necessidade do meio técnico. Essa é a maior crítica e nós mesmos acadêmicos sempre nos questionamos, quer dizer, será que isso que eu estou fazendo vai trazer uma contribuição para o meu país, para a sociedade que nos mantém, que mantém as universidades? E esse é um resultado fantástico, porque nós identificamos que o meio técnico estava carente dessa informação, porque ela foi boa, ela ajudou, está ajudando e isso é muito bacana. Vale a pena dizer que não é uma tese fácil de ser realizada. Ela foi realizada graças ao prestígio que o professor José Orlando tem aqui na Região. Então, muitas concreteiras doaram concretos, porque o volume de concreto foi muito grande, as construtoras doaram espaço durante a construção para fazer os estudos, permitiram que as suas obras fossem, digamos, ‘agredidas’ com extrações experimentais para ele poder chegar nesse resultado.”

O link para consulta é http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-26102007-144854/pt-br.php.

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