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Simcbio aborda melhoramento genético na agricultura

O melhoramento genético de espécies vegetais foi um dos temas abordados na tarde desta quinta-feira (26) no III Simcbio. O professor Tercilio Calsa  Júnior, da Universidade Federal de Pernambuco, falou sobre o assunto e sua experiência no laboratório de genética da Universidade Federal de Pernambuco.

De acordo com o professor, o homem realiza melhoramento genético desde a pré-história, quando saiu da Idade da Pedra Lascada. Na Bíblia, o livro do Gênesis relata, em seu capítulo 30, um procedimento realizado por Labão e Jacó que sugere a seleção genética de caprinos e ovinos.

Embora a realização de cruzamentos genéticos sugira a ocorrência de caracterísitcas novas nas plantas, há alimentos que consumimos sem nos darmos conta de que já são frutos dessas experiências. O milho, por exemplo, era originalmente bem menor que as espigas assadas no período junino. Após sucessivos cruzamentos, com vistas a preservar as melhores características, chegamos ao produto atual.

Se na pré-história o melhoramento genético acontecia por obra do acaso e o homem ia assimilando os resultados positivos, atualmente o processo envolve alta tecnologia. Uma das técnicas, por exemplo, envolve o uso de radiação ionizante. “A bioinformática nos permite acessar grande número de dados, é quase impossível fazer isso sem uso de softwares”, disse o pesquisador.

Entre os principais desafios para a agricultura moderna estão os estresses ambientais, ocorrência de doenças e o aumento da demanda por biocombustíveis. Em todas essas áreas o aprimoramento genético é passível de uso.

O professor Tercilio ainda falou sobre os transgênicos, cuja produção já vem se desenrolando há cerca de 20 anos, em três fases distintas. As etapas passam pelo uso de agroquímicos, mudanças das características de grãos e atualmente estamos na fase de desenvolvimento de  aplicações industriais.

Mais informações sobre o terceiro Simpósio Nordestino de Ciência Biológicas no site http://www.unicap.br/simcbio

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