Semana de Estudos Bíblicos apresenta o seminário sobre a Leitura Infinita
O segundo dia da Semana de Estudos Bíblicos da Universidade Católica de Pernambuco contou com o Seminário “A Leitura Infinita: interfaces teológicas com a filosofia, a literatura e a Bíblia”.
Participaram do evento, promovido pelo Mestrado e pela Graduação em Teologia da Unicap, o Vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Padre José Tolentino Mendonça, e o Reitor da Católica de Pernambuco, Padre Pedro Rubens. No auditório, prestigiaram o seminário o Pró-reitor Comunitário e coordenador do Instituto Humanitas da Unicap, Padre Lúcio Flávio Cirne; o Diretor do Centro de Teologia e Ciências Humanas – CTCH, professor Degislando Nóbrega; o coordenador do Mestrado em Teologia, professor Cláudio Vianney Malzoni; o coordenador do curso de Teologia, professor Sérgio Sezino; o coordenador do curso de Filosofia, professor Danilo Vaz-Curado; e professores e alunos da Graduação e da Pós-graduação.
Ao abrir o encontro, Padre Pedro Rubens cumprimentou os presentes e disse que inicialmente o Seminário era restrito à turma do Mestrado em Teologia e que foi aberto ao público por causa do interesse, de muitos, sobre a temática da Bíblia. A partir desta obra, que “foi escrita para ser lida e que deveria se incentivar sua leitura para os que não leram ainda”, explica o Reitor. Em seguida, Padre Pedro Rubens convidou os presentes para um momento cultural e ouvirem, acompanhando a letra projetada, a música Formosa e Bela, de Gen Rosso.
O Seminário “A Leitura Infinita: interfaces teológicas com a filosofia, a literatura e a Bíblia” é baseada no livro do “A Leitura Infinita – A Bíblia e a sua interpretação”, de autoria do Padre José Tolentino Mendonça, editado pela Unicap e Edições Paulinas e com o prefácio de Padre Pedro Rubens.
O autor afirma que seu livro é uma conversa hermenêutica. Ele justifica dizendo que “para ler a Bíblia, não basta abri-la, é preciso saber ler”. Continuando, Padre Tolentino diz que sua obra é muito iluminante, “no sentido de dizer ao leitor que se aproxima da Bíblia que ele tem que estar capacitado para fazer uma viagem gostosa, saborosa, ativando os seus sentidos naturais e sobrenaturais, para que o encontro com a palavra seja, de fato, um encontro com o verbo feito carne”, explica o autor.
“Fica difícil apresentar o livro do Tolentino, diante do autor, abstraindo ideias ou fazendo esquemas. Então, eu e os estudantes do Seminário ficamos em um verdadeiro dilema porque a obra serve para ser lida, relida e degustada. Mas vamos lá”, exclamou o Reitor da Unicap.
Padre Pedro contou como surgiu o convite para escrever o prefácio. Ele disse que o livro havia esgotado em Portugal e que Padre Tolentino havia oferecido a publicação para ele editar aqui no Brasil, mas que tinha uma condição que era o Reitor escrever o prefácio da obra e assim foi feito.
“Tão encantadora quão infinita assim é a leitura da Bíblia na interpretação de José Tolentino”, assim Padre Pedro Rubens apresenta a obra em seu texto. Continuando, disse que, ao interpretar o livro de Padre Tolentino, se deu conta que “o grande protagonista da publicação é o leitor.”
“Eu nunca li um livro em que eu me sentisse homenageado. Esse foi o primeiro. Essa obra remete a outro livro que é a Bíblia, não remete a si próprio. O autor leva a gente a uma leitura da escritura. Quanto mais a gente lê, mais a gente tem vontade, medo e desejo de ler a Bíblia, tudo isso junto. Ele faz com que as pessoas que não leram profundamente a escritura, e acham que entenderam, possam reler e ter uma pedagogia da leitura, que faz a gente ir tomando gosto por ela. Uma pedagogia da leitura que, ao mesmo tempo, vai entrando no mistério da interpretação bíblica. A medida que a gente vai lendo nos sentimos leitores remetidos à Bíblia, que a gente quer ler, ou reler e se sentindo dentro de um mistério, de um caminho mistagógico. A gente entende esse leitura como infinita e esse mistério como algo inesgotável. Quanto mais se entra nesse mistério, mais a leitura passa a ser uma experiência do leitor”, explica Padre Pedro Rubens.
