Boletim Unicap

Repentistas contribuem com protesto de professores de Jornalismo durante o 13º ENPJ

 

Foto: Luana Pimentel

Na manhã desta sexta-feira (23), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e sindicatos ligados à profissão incluíram na programação do 13º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo um protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que deixou a presidência do tribunal hoje (23). “Já vai tarde” é como está sendo chamada nacionalmente a mobilização.

O presidente do FNPJ, Edson Spenthof, iniciou o discurso reafirmando a adesão do fórum contra a decisão tomada pelo ministro de retirar a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, deu continuidade ao protesto mostrando alguns paradigmas que o jornalismo tem enfrentado atualmente. “Vemos uma liberdade de expressão nas falas dos profissionais de televisão. Esse quadro democrático atual é maravilhoso e foi fruto de muita luta, de muito debate. Agora vemos um retrocesso. A formação superior é fundamental para se manter a qualidade dos profissionais da área.”

“Temos plena condição de reverter essa situação e obrigação de continuar lutando. Essa luta depende quase que exclusivamente de nós, professores, estudantes e profissionais ligados à comunicação. Não podemos simplesmente ficar parados, administrando o prejuízo. A universidade continua tendo um papel fundamental na formação da identidade profissional”, concluiu Sérgio.

Foto: Renata Dantas

Para concluir a manifestação com estilo, o vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco e diretor Regional Nordeste I do FNPJ, professor da Unicap Ricardo Mello, convidou os repentistas Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira para se apresentarem. Com o uso do ritmo e da rima, os emboladores fizeram da poesia um instrumento de protesto contra Gilmar Mendes. Em um dos versos, os poetas populares cantaram “Gilmar Mendes já vai tarde, devia ter ido antes”. Eles divertiram os presentes e “abrilhantaram a manifestação”, como declarou Spenthof.

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