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Quinta na Química debate a produção de biodiesel

O projeto Quinta na Química, da Católica, discutiu, nesta quinta-feira (25), a questão do biodiesel no Brasil. O convidado foi o professor Alexandre Schuler, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Pernambuco. Ele falou sobre os mitos e verdades que envolvem esse combustível.

O biodiesel ganhou destaque recentemente, com a discussão sobre o uso de fontes renováveis de energia. Apesar disso, essa não é uma descoberta nova, pois em 1937 já era concedida a primeira patente do combustível, produzido a partir do óleo de uma espécie de palmeira. O Brasil possui grandes extensões  de terras cultiváveis, e isso é um ponto a favor do país na produção de biocombustíveis.

Alunos dos cursos de Engenharia Química e Engenharia Ambiental eram a maioria no encontro. Entre eles estava também Josuel Berto, 33, estudante de licenciatura em Química. O futuro professor acredita que é importante complementar os conhecimentos teóricos com exemplos reais. “A teoria ajuda muito, mas é preciso mostrar a utilidade que ela tem no cotidiano do aluno”.

Durante a palestra, que durou cerca de uma hora, Schuler apresentou dados históricos sobre o biodiesel no Brasil e no mundo, além de explicar as reações químicas que acontecem na produção do óleo e modos de torná-las mais eficazes. Ele ainda apontou aspectos que dificultam o sucesso da síntese de biocombustíveis no país.

O professor Schuler acredita que para incentivar a indústria do biodiesel no país é necessário investir em tecnologia. Segundo ele, ainda não há um controle muito preciso sobre as reações envolvidas na produção desse combustível. O conhecimento necessário a este processo ainda é muito restrito aos meios acadêmicos. Há também dificuldades para se obter matéria-prima em quantidade suficiente.

Produtos como algodão, mamona, soja e pinhão podem ser usados na produção do biodiesel. O óleo de fritura também é uma opção. O uso deste último poderia reduzir a poluição ambiental, pois a degradação do óleo gera um composto chamado acroleína, que é cancerígeno. Já existem restaurantes e indústrias de alimentos que cedem aos produtores de biodiesel o óleo que seria descartado na rede de esgotos.

A Universidade Católica de Pernambuco também realiza trabalhos na área do biodesel. O professor Valdemir Alexandre, coordenador do curso de Engenharia Química, vem pesquisando formas de diminuir a produção de resíduos no processo de síntese do óleo, o que poderia tornar esse combustível mais competitivo no mercado.

Mais informações sobre biocombustíveis podem ser obtidas no curso de  Engenharia Química da Católica. O telefone é 219-4188.

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