Projeto de Extensão do CCT beneficia 40 idosas
|O Projeto de Extensão “Jogos Lúdicos para Idosos”, realizado pela Universidade Católica de Pernambuco em parceria com o Instituto Social das Medianeiras da Paz (Ismep), atende cerca de 40 idosas do bairro do Pina. O programa já está no segundo semestre de realização e é promovido pelos professores e alunos do Centro de Ciências e Tecnologia da Unicap, incluindo: Matemática, Engenharia Civil, Física e Química.
O coordenador do curso de Matemática, professor José Carlos Argemiro, comentou sobre os benefícios que os jogos trazem para as idosas. “É comprovado cientificamente que os jogos lúdicos estimulam a memória dos idosos e ativam algumas funções que com o tempo vão perdendo essas atividades. Já estamos no segundo período com esse projeto e estão tendo uma resposta muito positiva pois, além de estimular a memória, também percebemos o estímulo cada vez maior de viver. Muitas daqui passam por situações muito complicadas com suas famílias. Há, inclusive, uma via de mão dupla nesse trabalho. Trazemos conhecimentos, mas saímos muito mais ricos com essa alegria delas de viver”, destacou.
O professor também comentou que, no final de cada período, é realizada uma avaliação dos resultados do processo de inclusão realizado entre comunidade e Universidade e há uma melhora significativa nas idosas.
“Nós temos uma missão social aqui no projeto do Ismep. A gente tem a função de orientar e coordenar juntamente com os monitores, no sentido de trabalhar com eles os jogos envolvendo o raciocínio com a exigência da memória. Com isso, formamos os grupos e trabalhamos semanalmente nos horários estabelecidos no começo do semestre. Há também a necessidade de motivá-los.
Percebemos que a felicidade delas também é proporcionada através dos jogos porque eles sentem mias valorizadas. Nós conversamos, brincamos, trabalhamos também a parte emocional”, comentou o professor do curso de Matemática Felipe Barreto e acrescentou que, antes do projeto começar, as idosas comentavam que ficavam em casa sozinhas.
Maria da Penha, 70 anos, participa do projeto desde o início e comenta: “É muito bom fazer parte desse projeto, eu tinha muito problema na minha cabeça e saiu. Também aprendo muito com os professores e a irmã”.
A escolha dos monitores é feita pelo perfil dos alunos, selecionados semestralmente. A prioridade é dos que apresentam interesse em licenciatura, para que trabalhem a parte pedagógica, mas o principal é ter interesse e se envolver no projeto.
Elaine Mendes do Santos, aluna do 4° período de Matemática, falou sobre a experiência de fazer parte do programa. “É muito gratificante porque a energia delas contagia a gente. São bem espertas, contam, gostam de conversar. Tanto sobre os jogos, como também a respeito da vida pessoal. Elas dão muitos conselhos para a gente”