Projeto Cordel Liceu Encantado recebe cordelista Ivaldo Batista

 Aconteceu na manhã desta segunda-feira, 12 de março, o Cordel Liceu Encantado. O projeto foi elaborado pela professora de Artes Luciana Calsavara. O objetivo da palestra foi divulgar e valorizar a cultura do cordel, além de comemorar o aniversário do Recife e Olinda. Segundo Luciana, os alunos dos sextos, sétimos e oitavos anos participaram de forma ativa em sala de aula. “Eu ensinei toda a estrutura de como montar um cordel. Depois fomos pesquisar sobre as cidades para a gente ter conteúdo no cordel”, contou a professora Luciana.

Os alunos ainda aprenderam o estilo de escrita de um cordel, além de produção.  Para a professora, essa oportunidade de aprender mais sobre o cordel é poderosa, pois mostra o valor da cultura nordestina, e aprender mais sobre as cidades que os alunos moram acrescenta muito tanto na vida acadêmica quanto na vida pessoal.

O palestrante convidado foi o cordelista Ivaldo Batista, que apresentou histórias de cordéis escritos por ele mesmo, levando os estudantes à loucura, com gargalhadas e interação. Segundo Ivaldo, a procura por literatura de cordel tem crescido não apenas em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Com isso, o cordelista Ivaldo acredita que no futuro haverá um número maior de pessoas envolvidas com a literatura de cordel. Sobre as novas mídias, Ivaldo acredita que a tecnologia não irá atrapalhar nem sacrificar a literatura do cordel. Ocorre exatamente o contrário, as novas mídias têm ajudado a propagar essa cultura. “Para o cordel, eu acredito que essa palestra é a permanência da memória do cordel para outras gerações e, para as crianças, é uma oportunidade de vida, sendo uma inserção desses jovens no mercado de trabalho dentro da arte”, relata Ivaldo.

O aluno do Liceu Nóbrega Caio Trigueiro teve seu cordel eleito como um dos melhores cordéis escritos no projeto. Caio relata que no seu cordel ele quis falar sobre as coisas boas e ruins que acontecem no Recife. Segundo Caio, os patrimônios da capital pernambucana precisam ser restaurados e essa é uma das reclamações que ele descreveu em seu texto. Já sobre o que ele gosta no Recife, ele destacou o Marco Zero, onde ele ama passear. “ Foi uma honra para mim receber esse titulo. Foi uma das maiores vitórias da minha vida. Eu penso em ser bioquímico, mas depois de hoje talvez eu seja também um cordelista”, revela Caio.