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Professor de Jornalismo debate obra do cineasta-antropólogo Jean Rouche

Com contribuição da assessoria de imprensa da Fundaj

O professor de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco Cláudio Bezerra vai participar de mesa de debate sobre a importância e abrangência da obra cinematográfica do cineasta-antropológo francês Jean Rouche na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O debate faz parte da programação que se estende durante três dias da próxima semana (veja programação abaixo), com exibição de material inédito do documentarista, mesas de discussão e colóquios sobre o legado e a relação da linguagem cinematográfica com a antropologia. Cláudio Bezerra vai estar presente no sábado (22), discutindo na mesa intitulada “Rouch – Eu e o outro”, com o jornalista e cineasta Gabriel Mascaro e o roteirista e professor de Cinema Fernando Weller.

A Associação Balafon estendeu, com o patrocínio da Secretaria do Audiovisual e o Ministério da Cultura, a mostra para mais seis capitais do Brasil, dentre elas o Recife. O evento é organizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do curso de Bacharelado em Cinema, e conta com parceria da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e Aliança Francesa.

Já a partir da próxima sexta-feira (14) até o dia 23 de maio, a Fundaj vai exibir, gratuitamente, 37 filmes do documentarista francês, entre longas e curtas, a maioria inédita no Brasil. Os cinéfilos vão poder conferir títulos importantes como “A Pirâmide Humana”, “Pouco a Pouco”, “Crônica de um Verão”, “Eu, Um Negro” e “Jaguar”.

Quem é Jean Rouch?

Cineasta de mais de cem filmes e antropólogo de extensa obra escrita, Jean Rouch (1917-2004) foi pesquisador do CNRS por anos e autor da obra mais importante de todos os tempos no campo do filme etnográfico. Como objeto privilegiado do seu trabalho, elegeu alguns países da África Ocidental (sobretudo Níger e Mali, mas também Costa do Marfim e Gana), dos quais deixou um acervo de imagens e sons. Mas, também, filmou muito na França e noutros países, revelando sempre, por onde tenha andado, curiosidade pelas diversas culturas e vontade de compreendê-las.

Os filmes de Rouch influenciaram a geração de cineastas da Nouvelle Vague e nos anos 60, ele fez parte de uma vertente do documentário que ficou conhecida como “cinema verdade”. A obra, diversas vezes premiada em Veneza, Cannes e Berlim, é composta de documentários etnográficos (Os Mestres Loucos e Sigui sintese), sociológicos (Crônica de um Verão) e ficções (Eu, um Negro e Cocorico, Monsieur Poulet).

Rouch trata os personagens como sujeitos e não apenas objetos do discurso fílmico. Na visão do cineasta, o desejo de investigação do filme etnográfico oferece um ponto de convergência entre a subjetividade do criador e a objetividade do pesquisador.

Programação da Mostra de Jean Rouch

18/05 (terça-feira):
16h – Sala João Cardoso Aires
Mesa: Jean Rouch, Antropólogo visual
Mediador : Paulo Cunha
Debatedores: Renato Athias
Vincent Carelli

21/05 (sexta-feira):
16h – Sala João Carodoso
Mesa: Rouch e a fabulação no documentário
Mediadora : Nina Velasco
Debatedores: Laécio Ricardo
Marcelo Pedroso

22/05 (sábado):
16h – Sala João Cardoso Aires
Mesa: Rouch – Eu e o outro
Mediador: Camilo Soares
Debatedores: Gabriel Mascaro
Fernando Weller
Cláudio Bezerra

Serviço

“Mostra Jean Rouch” em Recife – de 14 a 23 de abril, em horários variados, com cópias em DVD legendadas, na Fundação Joaquim Nabuco – Rua Henrique Dias, 609, Derby. Entrada franca. Confirmar programação previamente pelo telefone 3073-6689 e e-mail: cinema@fundaj.gov.br

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