Boletim Unicap

Pró-reitora de Pesquisa e Pós Graduação da Unicap recebe Medalha de Honra do Mérito Heroínas de Tejucupapo

Honraria foi concedida pela Comissão da Mulher Advogada na sede da OAB de Pernambuco e prestou homenagem a 11 personalidades femininas de diversas áreas atuação.

Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina. E porque não dizer, Valdenice Raimundo, mulher, negra, brasileira, nordestina, pernambucana e professora? Hoje ela se junta ao grupo daquelas quatro mulheres, combatentes do ano de 1646, através da outorga da medalha de Honra do Mérito  Heróinas de Tejucupapo, concedida pela Ordem dos Advogados de Pernambuco-OAB.

Foto: Carla Siqueira

A Pró-reitora de Pesquisa e Pós Graduação da Unicap,  professora Valdenice José Raimundo, recebeu a horaria na categoria educação. O gesto tem como objetivo fazer memória do grande feito das Heróinas brasileiras do século XXVII, na batalha que  marcou o inicio da expulsão dos holandeses das terras pernambucanas.  A homenagem premia mulheres  que  dedicam, nos dias de hoje, suas vidas e seus trabalhos para vencer as diversas batalhas da atualidade. Entre elas, o preconceito, o racismo, a desigualdade, o machismo, a violência.

“É um reconhecimento muito importante e isso me causa muita alegria. Fico muito feliz por está aqui para receber essa homenagem. Gostaria de reforça que esse prêmio não é apenas meu. Ele é de toda mulher negra, resistente, toda mulher que quer fazer história contribuindo com a história de outras pessoas”, destacou a Valdenice.

Hoje, 28 de novembro de 2019 a OAB de Pernambuco aproveitou para lembar do nome de tantas outras mulheres que continua nas lutas do dia a dia; Sívia Nogueira, na categoria direito, Suzana Mont´Alverne, categoria negócios, Creuza Pereira, na categoria política, Valdenice Raimundo, na categoria educação, Daniela Rorato, na categoria Ação Social, Cristina Buarque, na categoria Personalidade e Liderança, Maria do Carmo de Araújo, homenageada especial, Jô Mazzarolo, categoria Lornalismo, Liana Ventura, categoria Medicina e Saúde, Regina Célia, categoria Defesa da Mulhar e Lia de Itamaracá, Representando a Cultura.

Foto: Carla Siqueira

“Estamos aqui hoje para enaltecer todas as mulheres que desempenham funções e atividades no intuito de combater todo tipo de discriminação e preconceito. Essas 11 mulheres, de diferentes categorias da sociedade, são mais que merecedoras desse prêmio. Para nós aqui da Ordem dos advogados é motivo de muita honra prestar essa homenagem a todas elas, em especial, a cirandeira, Lia de Itamaracá e a Pró-reitora da Católica, Vadenice Raimundo, que são mulheres negras, com uma representatividade  semelhante às Heroínas de Tejucupapo”, disse Fabiana Leite, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Pernambuco.

Tejucupapo está localizado no município de Goiana, a 61 quilômetros do Recife, no litoral norte do estado. O distrito foi palco do conflito entre os holandeses e as mulheres pernambucana integrante da resistência de 1646. Segundo relatos históricos, as mulheres usaram uma mistura de água quente com pimenta para enfrentar e vencer seus opressores. Cerca de 300 pessoas morreram durante a batalha, sendo a maioria holandeses. Os registros indicam  que os holandeses invadiram Pernambuco e outros estados do nordeste por volta de 1630 e foram expulsos a partir  de 1654 com influencia da resistência liderada por Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina, conhecida como batalha de Tejucupapo.

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