Boletim Unicap

Pró-reitora Acadêmica, Aline Grego, é agraciada com a Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo

Fotos: Gustavo Glória
Fotos: Gustavo Glória

Em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira, dia 16 de dezembro de 2015, no auditório do Banco Central, no Recife, a OAB-PE, por meio da Comissão da Mulher Advogada, realizou a entrega da Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo, uma homenagem às mulheres que se destacaram no ano de 2014, nas mais diversas áreas.

Entrega Medalha Heroínas de Tejucupapo
Professora Adriana Rocha entrega certificado e flores à palestrante professora Andréa Campos

A organização da premiação foi da vice-presidente da OAB, presidente da Comissão da Mulher Advogada e professora do curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Adriana Rocha. A solenidade, que contou com a presença do presidente da Ordem, Pedro Henrique Reynaldo Alves, foi marcada pela palestra “Mulher Pernambucana” ministrada pela advogada, poetisa, escritora e, também, professora do curso de Direito da Unicap, Andrea de Almeida Campos.

Criada no ano de 2000, a Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo homenageou nesta edição de 2015, 12 mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação durante o ano de 2014. A honraria tem esse nome em alusão às mulheres pernambucanas guerreiras do Século XVII, que com armas em punho, expulsaram soldados holandeses do distrito de Tejucupapo, município de Goiana, em 1646.

Da esquerda para a direita: jornalista Sheila Borges, professora Adriana Rocha, Padre Pedro Rubens, professoras Andréa Campos, Aline Grego, Marília Montenegro e Maria Luíza Ramos
Da esquerda para a direita: jornalista Sheila Borges, professora Adriana Rocha, Padre Pedro Rubens, professoras Andréa Campos, Aline Grego, Marília Montenegro e Maria Luíza Ramos

A Pró-reitora Acadêmica da Católica, professora Aline Maria Grego Lins, foi uma das agraciadas com a comenda. Ela estava acompanhada pelo Reitor, Padre Pedro Rubens; pelo Chefe de Gabinete, Rodrigo Pellegrino; pela Diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), professora Maria Luiza Ramos; pela coordenadora do curso de Direito, professora Marília Montenegro, e pelo professore do curso de Direito, Marcelo Labanca.

Missa-de-Teologia-DEZEMBRO_63_
Aline Grego, ao lado do Padre Pedro, recebe a Medalha das mãos de Adriana Rocha e Pedro Henrique

Aline Grego Possui graduação em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (1981), graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco (1985), mestrado em Educação pela Fundação Getúlio Vargas – RJ (1993) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). Atualmente é Pró-reitora Acadêmica e professora Adjunta da Universidade Católica de Pernambuco e diretora regional da Intercom no Nordeste. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em audiovisual: televisão, história da imprensa, projetos experimentais, comunicação e cidadania, comunicação na escola e produção telejornalística. Autora do livro A Alfabetização do Olhar (1998) e faz parte dos Grupos de Pesquisa de Cultura e Mídia Contemporânea, da Unicap, e do Centro de Estudos em Crítica Genética, da PUC de São Paulo. Também participa como autora de capítulos nos livros Síndrome da Mordaça: mídia e censura no Brasil, A Sociedade do Telejornalismo, Telejornalismo: a nova praça pública, e Guel Arraes um inventor no audiovisual brasileiro.

Missa-de-Teologia-DEZEMBRO_31_

A professora Adriana Rocha, vice-presidente da OAB-PE e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB, fala da importância do prêmio. “Essa medalha é a premiação mais importante, mas relevante, considero o Oscar da OAB.  Claro, tem o lado do gênero, porque é só direcionado às mulheres, mas também é uma compreensão da OAB como casa da cidadania, mais ampla que só a casa dos advogados. Porque é a oportunidade que a gente tem, também, de ampliar esse reconhecimento, não apenas para as mulheres da área jurídica, mas também para mulheres de outas áreas e que tenham tido esse destaque.”

Continuando, Adriana conta como se dá o procedimento de escolha. “Nós temos a comissão, onde alguns nomes são sugeridos, geralmente espontaneamente pelos membros da Comissão da Mulher Advogada. A gente faz uma votação interna e agrega, também, nomes sugeridos pela diretoria. É um trabalho coletivo de escolha. O nome da professora Aline Grego foi abalizado por todos, dentro da gestão, e é um reconhecimento, não só pela relevância, mas pelo fato de ser uma mulher, professora, ter um destaque na administração de uma instituição como a Universidade Católica de Pernambuco, que merece sim essa referência e a Universidade Católica que dispensa qualquer tipo de comentário em relação à sua importância, dentro desse cenário educacional pernambucano. Ter Aline Grego como Pró-reitora e fazendo um trabalho de excelência em várias áreas fez com que ela tivesse esse reconhecimento.”

“Interessante que ao começarmos a divulgar as 12 homenageadas, muitas das próprias agraciadas fizeram referência ao nome da professora Aline Grego, dentre elas, a jornalista Sheila Borges, que foi durante muito tempo da editoria de política do Jornal do Commercio e está, também nesse momento, no exercício da docência. Ela vai ser homenageada pelo seu trabalho, em 2014, como jornalista. Ela elogiou o nome de Aline Grego, quando recebeu o convite, dizendo: ‘Nossa, que bom que eu estou ao lado da professora Aline, que é uma mulher que admiro e que faz parte da construção da minha história profissional’”, comenta Adriana Rocha.

Questionada sobre seu sentimento em estar à frente da organização da cerimônia, professora Adriana Rocha exclama: “Estou muito feliz! O prêmio alcança destaque, além desse direcionamento, o nome Heroínas de Tejucupapo nos remete a alguns simbolismos muito interessantes, da força, do protagonismo feminino, da quebra de paradigmas, de expectativas, muitas vezes, em relação a essa questão da condição de gênero. O que se espera de uma mulher? Então, essa história tão bonita, ainda no século XVII, onde um conjunto de mulheres que quebrou um parâmetro, que aparentemente deveria ser dos homens, que tinham protagonismo em relação à guerra, principalmente naquela época, de defesa de suas famílias. Essas mulheres de Tejucupapo, não só, demonstraram a sua força, com sua garra de mulher pernambucana, da ideia que a gente tem dessa história muito bonita, como da nossa cultura, de revoluções e de protagonismos políticos em outros setores. Mas, o que chama mais atenção na nomeação dessa premiação é, justamente, esse simbolismo, é imaginar essa quebra do lugar comum. Qual é o lugar da mulher dentro da sociedade? São essas mulheres com essa força, com o seu trabalho, sua competência, com a sua coragem que acrescentam valor à sociedade. Toda a sociedade reconhece. Esse prêmio não é da OAB, é da sociedade pernambucana”, revela.

Além da Pró-reitora Aline Grego, a Universidade Católica tem outras Heroinas de Tejucupapo. São elas:

Mirian de Sá Pereira, Decana da Católica e professora do curso de Direito;
Maria Luíza Ramos, Diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ);
Marília Montenegro, coordenadora do curso de Direito;
Catarina Oliveira, professora do curso de Direito;
Maria Rita Holanda, professora do curso de Direito.

Aline Grego ladeada, à esquerda, pelo Padre Pedro Rubens e, à direita, por Rodrigo Pellegrino
Aline Grego ladeada, à esquerda, pelo Padre Pedro Rubens e, à direita, por Rodrigo Pellegrino

A homenageada, Aline Grego, falou sobre a premiação. “A minha primeira reação foi de surpresa, mas obviamente fiquei muito feliz e muito honrada com a deferência que foi feita. Porque é um reconhecimento de um trabalho na área da educação. As duas atividades, jornalismo e educação, caminharam muito tempo juntas e depois, aqui na Universidade, centrei muito na educação e educação, especificamente, na área do jornalismo. Então, eu me sinto bastante feliz. Mas, acho que é um reconhecimento não a pessoa Aline, mas a atividade da própria Universidade Católica de Pernambuco. Afinal de contas, toda minha trajetória de educação, ou grande parte dela, está diretamente envolvida com a Universidade. Então, eu atribuo, também, esse reconhecimento a própria Católica, ao que ela faz em termos de apoio, divulgação e ampliação dos serviços educacionais no estado.”

Continuando, ela comenta: “Particularmente foi bem emocionante receber essa Medalha da OAB, porque meus pais eram advogados. A representatividade da OAB, na minha casa, era muito presente, sem falar que é uma ordem, que de fato, comunga do respeito e da admiração da sociedade brasileira e, consequentemente, da sociedade pernambucana, na secção regional. Isso realmente torna a Medalha ainda mais significativa.”

Finalizando, Aline Grego falou: “Ainda tem um ponto que afetivamente me tocou bastante. É que uma das pessoas que foi homenageada com a Medalha, a jornalista Sheila Borges, é uma ex-aluna da Católica e ex-aluna minha. Então, eu estou duplamente feliz e comovida.”

print

Compartilhe:

Deixe um comentário