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Plantas medicinais é tema de minicurso no III Simcbio

O III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas está promovendo minicurso sobre plantas medicinais,  ministrado pela professora Maria do Carmo Caldas, coordenadora do Laboratório e do Museu de Arqueologia da Universidade Católica de Pernambuco.

A professora iniciou sua aula no primeiro dia definindo o que era planta medicinal, com base no conceito da Organização Mundial de Saúde (OMS), que diz que é “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos”. Ela explicou, ainda, o que era princípio ativo e a diferença entre produto natural e plantas medicinais.

Conceituou também fitoterapia, homeopatia e alopatia, e deu exemplo de plantas medicinais relevantes para descoberta de fármacos, como a Papaver somniferum (Papaveraceae), Ephedra sinica (Ephedraceae), Atropa belladona (Solanaceae), Digitalis purpurea (Plantaginaceae), Cephaelis ipecacuanha (Rubiaceae) e Salix alba (Salicaceae). Em seguida, a professora explicou um pouco sobre cada uma delas, falou dos avanços nas pesquisas para a produção de fármacos, das fases de um ensaio clínico e do cultivo, colheita, secagem, armazenamento e manipulação dessas plantas.

No segundo dia, Maria do Carmo iniciou falando da importância da investigação populares e das espécies mais usadas na medicina popular, como o alecrim, a alfavaca, babosa, aroeira, romã, quebra pedra, hortelã rasteira, ipê-roxo e lafepe, e também das mais utilizadas no Sertão e no Agreste de Pernambuco, como o Spondias tuberosa Arruda, a Cereus jamacaru DC., Syagrus coronata (Mart.) Berc., Syagrus oleracea (Mart.) Berc., Attalea oleifera Bar. Rodr., Caryocar brasiliense Comb., entre outras.

Finalizou explicando sobre efeitos tóxicos em plantas medicinais e os ensaios pré-clínicos em plantas de uso popular. Alertou sobre o uso indiscriminado dessas plantas. “Não há respeito aos limites de uso dos fitoterápicos, não se fornecem informações sobre efeitos colaterais, e o consumo de plantas. Do modo como vem sendo feito, representa cada vez mais um risco para a saúde humana. Estudos multidisciplinares, associando fitoquímicos e farmacólogos, tornam-se cada vez mais importantes para a definição dos potenciais terapêuticos e tóxicos de extratos vegetais”, conclui.

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