Católica começa a elaborar o Plano de Desenvolvimento Institucional (2011 – 2016)

O primeiro encontro em prol da construção do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Católica de Pernambuco para o período de 2011 a 2016 foi realizado na manhã desta terça-feira (23). Pela primeira vez, a elaboração desse documento contará com a participação dos professores e funcionários. O segundo momento acontecerá na próxima terça-feira (3o) à tarde.

A reunião aconteceu no auditório G1,  das 9h às 12h, e foi coordenada pela Comissão de Avaliação Institucional da Assessoria de Planejamento da Unicap (Asseplan). Os professores Cézar Cerqueira, Conceição Bizerra e Sílvio Romero, que integram o órgão, conduziram o encontro. O Reitor, Padre Pedro Rubens, se juntou à mesa para dar as boas-vindas aos presentes e expor alguns dos projetos que a Universidade pensa para os próximos quatro anos, período em que a instituição ainda estará sob seu comando.

Antes do início dos trabalhos, os professores e funcionários foram embalados pelo ritmo do violão de Percy Marques e pelo saxofone de Genilson Pontes, ambos integrantes do MPB Unicap. A professora Conceição Bizerra aproveitou a oportunidade para elogiar os músicos. “Essa música linda traz paz, tranquilidade, beleza e inspiração para iniciarmos a reunião. Acho importante começarmos dessa maneira para quebrar um pouco da seriedade do tema”.

Em seguida, um vídeo institucional da Universidade Católica foi exibido aos presentes com o objetivo de mostrar os projetos que a Universidade pretende realizar. Todos os planos mostrados surgiram a partir da identificação de problemas da cidade, que acabam atingindo os alunos da instituição. Os engarrafamento, por exemplo,  na Afonso Pena são fruto de uma dificuldade que não existia há vinte anos atrás.

A cidade do Recife está crescendo de maneira desenfreada, mais carros estão trafegando nas ruas e isso provoca engarrafamentos. A solução encontrada por instituições e espaços comerciais grandes tem sido criar edifícios-garagem para conseguir atender à alta demanda. Isso também faz parte de um dos projetos da Unicap para solucionar o trânsito na Afonso Pena.

“A partir do diagnóstico de um problema da cidade e, consequentemente, da instituição, propusemos soluções. É exatamente isso que queremos fazer nessa reunião. Tentar passar por uma cultura de avaliação, de identificação dos problemas para planejar alterações e projetos para o PDI”, explicou Padre Pedro.

O Reitor ainda destacou que, por ser uma instituição privada, a Unicap cresce de maneira lenta. “Chegamos hoje a um patamar de destaque, mas não foi à toa. A obtenção do conceito 4 do MEC foi resultado de muito trabalho. Além disso, passamos 58 anos para aprovar o primeiro doutorado da Universidade. Isso é uma prova de que a gente penou para crescer. E esse crescimento aconteceu por causa do planejamento.”

De acordo com a professora Conceição, o diagnóstico também tem papel fundamental na construção do PDI. “Diagnóstico e planejamento fazem parte do mesmo projeto. Eles não podem ser vistos separadamente. Aqui, nós vamos diagnosticar o presente, identificando os problemas que temos hoje para depois planejar como será o futuro da instituição, articulado à questão do orçamento”.

Os professores e funcionários estão incluídos no processo de avaliação justamente para avaliar e apontar os problemas da instituição. “É importante salientar que essa não é uma análise acusatória. Não importa quem são os culpados. O que vale é identificar se os problemas existem e que soluções podem ser dadas a eles”, explicou Conceição.

A partir dos pontos levantados, a Universidade pretende materializar os problemas em metas e diretrizes. No PDI de 2006 a 2011, por exemplo, foram estruturadas 86 metas. Uma delas foi feita com o objetivo de ampliar o número de alunos da Unicap e desenvolver mecanismos para a permanência deles na Universidade. Foi com base nessa meta que se criaram projetos como o “Articulando Conhecimentos”.

O professor Cezar Cerqueira se responsabilizou em conceituar o planejamento estratégico. “Pretendemos construir de modo compartilhado uma concepção de futuro para racionalizar o processo de tomadas de decisões. A participação de todos nesse processo é fundamental”. Isso tudo para facilitar o processo de busca de problemas internos e externos da Universidade”, afirmou.

A maneira que a Unicap encontrou para fazer esse processo de investigação dos problemas da instituição foi através de questionários. A primeira etapa dessa proposta tem como finalidade o estabelecimento dos valores institucionais. Depois, deve se fazer uma análise do ambiente interno e externo. A terceira fase consiste em traçar objetivos, metas e estratégias para o futuro. Por último, deve se fazer uma implementação do projeto e planejamento. Isso tudo compõe a chamada Matriz Swot que visa explicitar as interações relevantes entre as ameaças, pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e desejos de onde a instituição queira chegar.

Depois da exposição, em um primeiro momento os professores e funcionários da Unicap preencheram, individualmente, um formulário composto por série de fragilidades da Universidade. Os problemas foram avaliados em dois quesitos, de gravidade e urgência. Posteriormente, foram criados sete grupos de trabalho. Foi eleito, um representante por grupo, e este ficou responsável por recolher as impressões da equipe com relação à universidade que eles querem para o futuro.