Boletim Unicap

O Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste realizam caminhada para denunciar as atuais formas de escravidão, racismo e preconceito

Grupo reunido após peregrinação de 2014

O Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste (GPPN) realiza, de 5 a 12 de julho, a peregrinação de Porto Calvo, Alagoas, até o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, município de União dos Palmares, também, em Alagoas. Lá, se fará a memória perigosa do Quilombo dos Palmares e de todas as lideranças das lutas de resistência do povo negro. Serão lembrados pelo grupo, de modo especial, o líder Zumbi dos Palmares e Dandara Guerreira, sua companheira.

Um dos motivos da peregrinação iniciar em Porto Calvo é porque Zumbi passou sua infância nesta cidade e foi lá onde aconteceu a degola de Zumbi, pelos seus carrascos. Nesse sentido, os integrantes do grupo farão o resgate dessa história.

Este ano, o objetivo do grupo, durante a peregrinação e nos eventos que acontecerão, é denunciar as várias formas de escravidão, racismo e preconceito contra o povo negro, nos dias atuais, impregnado no pensamento da sociedade brasileira.

A peregrinação tem o apoio da Universidade Católica de Pernambuco, por meio, do Instituto Humanitas Unicap (IHU) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígena da Unicap (Neabi).

 

Conheça o GPPN

O Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste (GPPN) nasceu há 29 anos, sendo composto por homens e mulheres (crianças, jovens, adultos e pessoas idosas), naturais de toda parte do Brasil.  É uma experiência ecumênica com membros de várias igrejas cristãs como também de outras tradições religiosas. Tem como carisma caminhar segundo o chamado de Jesus: “E enviou-os a pregar o Reino de Deus, e a curar os enfermos. E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas” (Lucas 9:2-3).  Deste modo, andam sempre a pé, não utilizam e nem recebem dinheiro e não carregam comida. Toda sua manutenção, durante o período da peregrinação, resulta da partilha que as comunidades fazem. Alimentam-se do que lhes é ofertado, partilhando com a comunidade. Suscitam, assim, a comunhão e a confiança nos lugares por onde passam.

print

Compartilhe:

Deixe um comentário