Alunos de Engenharia Civil visitam obra da Gabriel Bacelar

Quanto tempo um edifício leva para ficar pronto? Como uma construção consegue aguentar tanto peso? O que é preciso para que uma obra tenha sucesso? Para que um engenheiro precisa de aulas como Física 1 e Noções Básicas e Avançadas de Matemática? O que é um arrasa-estacas? Quais os custos necessários para se chegar a um prédio de muitos andares? Para onde vai o lixo da obra?

Essas foram algumas das dúvidas da turma do 1º período do curso de Engenharia Civil da Universidade Católica de Pernambuco que puderam ser esclarecidas na manhã de sexta-feira (9), quando tiveram uma aula prática na obra do edifício Sain Guilherme, da Construtora Gabriel Bacelar, localizada no bairro do Rosarinho.

Sob orientação do coordenador do curso, professor Antônio Flávio, que leciona a disciplina de Introdução à Engenharia, os alunos conheceram na prática como é o dia a dia de trabalho de um engenheiro civil. “Trabalhos como esse que fazemos aqui são uma forma de incentivar esses jovens a procurar entender, na prática, o trabalho que veem em sala de aula. Muitos deles ficam desmotivados logo no início do curso por não terem o conhecimento da importância da disciplina no mercado de trabalho. Com esse tipo de atividade, eles ganham um estímulo para seguir até o final do curso e aprofundar seus conhecimentos”, explica o professor.

Esse tipo de aula de campo acontece há 12 anos, desde que a grade curricular do curso foi alterada, quando a disciplina Introdução à Engenharia foi incluída. A sugestão de tê-la dentro do curso partiu do próprio professor Antônio Flávio, conjuntamente com o professor Fernando Botelho.

 Os alunos foram recepcionados pela engenheira responsável pela construção, Ana Carla Lima, que é ex-aluna da Unicap e que, na época em que estudou na Universidade, também participou desta mesma aula prática. “Estar hoje no mercado e receber a turma do meu ex-professor é uma grande satisfação. É muito bom passar o conhecimento adquirido ao longo de 5 anos de curso e mais o tempo de serviço como engenheira para esses jovens que estão começando”, frisou Ana Carla.

Durante a visita, os futuros engenheiros viram desde o projeto da obra até o momento em que se dá o seu início. Ana Carla explicou o que é preciso para que uma obra saia do papel. Mostrou o que é arrasa-estacas e qual a sua função. Comentou como é feito o estudo do terreno, quanto vale uma obra, o que pode e o que não pode fazer na construção. Explicou quais os cálculos que um engenheiro faz no seu dia a dia, quais as normas de segurança adotadas por uma empresa de construção, número de operários e a função de cada um deles. A engenheira também informou o tempo mínimo para que um edifício seja concluído e o valor absoluto de cada apartamento.

 A visita não se baseou apenas na ilustração de plantas e explicações sobre como eram elaboradas, mas os alunos também puderam entrar no canteiro de obras e ver de perto o trabalho dos operários e o esqueleto do prédio. “Na prática, você tem contato direto com a obra. O conhecimento em sala de aula é importante, mas ter a oportunidade de fazer uma visita a uma incorporadora do porte da Gabriel Bacelar nos ajuda ainda mais ao nos depararmos com situações que o mercado vai nos exigir”, disse Igor Augusto Alves, aluno do curso de Engenharia.