Remanescentes Florestais da Mata Atlântica é tema de conferência no III Simcbio
|O Prof. Dr. Roberto Siqueira, do Refúgio Ecológico Charles Darwin, fez a primeira conferência da noite da quarta-feira (25 no III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas.
Em um clima muito descontraído o professor mostrou as riquezas da Mata Atlântica através de números e imagens, mostrando o tamanho da biodiversidade da mata apesar de tanta destruição.
Tanta biodiversidade deve-se ao clima totalmente favorável, graças à linha imaginária do Equador, que faz com que as regiões nessa área da Terra fiquem com temperaturas mais altas. Outro aspecto importante é a água, pois toda a água que temos vem das florestas.
“E mesmo com a importância dessa água, é incrível como as pessoas desperdiçam água. Se compararmos o preço de uma garrafa de água mineral ao álcool, veremos que o valor é quase o mesmo, mas logo a água será mais cara que a gasolina.”
Hoje, da Mata Atlântica original restam apenas 8%. No Nordeste há a menor concentração da vegetação. No Sudeste e So sul é onde ainda existe a maior parte. Apesar desses 8% restantes, a Mata Atlântica possui 20 mil espécies, sendo 8 mil endêmicas, que são espécies encontradas em um único lugar do mundo.
O professor Siqueira também alertou sobre os riscos da biopirataria: “Faltam instrumentos adequados para fazer pesquisas no Brasil, vários países ganham milhões à nossas custas. É importantíssimo que os alunos de Biologia saibam da importância da nossa Mata Atlântica”.