Novas visões sobre o futebol na América Latina é tema de oficina no Intercom
|Texto: Diego Ximenes/Foto: Leonardo Alexandre
Na sala 401 do bloco G4 da Universidade Católica de Pernambuco foi realizada, na manhã deste sábado (3), a oficina de Jornalismo Esportivo e Coberturas da Copa do Mundo. A palestra faz parte do primeiro dia oficial do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011. Ministrada pelo pesquisador de comunicação Álvaro Graça, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a oficina abordou a dinâmica do futebol, desde o final do século19 até como é atualmente.
Álvaro Graça começou a oficina mostrando um pouco da história do esporte, que ganhou regras e dimensões na Inglaterra, em uma era movida pela Revolução Industrial. No desenvolvimento do futebol pelo mundo, o palestrante fez alusão à importância do estrangeiro colonizador da época. Se não fosse pela figura do homem que veio de fora, o futebol demoraria mais ainda a chegar em algumas localidades.
“O futebol foi praticado e trazido pelos imigrantes. A importância deles é muito válida nos grandes centros, onde hoje o esporte é mais praticado. Principalmente os ingleses que, na América do Sul, criaram vários times, muitos dos quais ainda existem”, destacou Álvaro.
Na palestra, também foram abordadas algumas conjunturas das transmissões da Copa do Mundo e as relações do futebol na América Latina. Sobre o esporte nos três continentes, Álvaro afirmou que existem ideologias sobre as formas de jogo em cada país. Até porque, com o avanço das mídias sociais e com o intercâmbio de jogadores, essa ideia, fomentada por muitos jornalistas, não existe mais. “Dizem que o Brasil é o país do futebol arte e a Argentina é onde se joga mais forte. Não existe mais isso hoje. Todos sabem como um ou outro joga e têm acesso as diversas formas de se jogar futebol. Elas podem ser adotadas e anexadas ao que já sabe, fazendo assim uma mistura de habilidades no campo”, afirmou o pesquisador.