Mesa de Fotografia da VI Semana de Jornalismo discute a inclusão social
|No dia 25 de março, durante a VI Semana de Jornalismo, a Universidade Católica de Pernambuco vai receber a presença de convidados especiais na mesa-redonda “Fotografia como Instrumento de Inclusão Social”, que vai acontecer das 15h às 17h, na sala 510, 5º andar do bloco A.
A mesa, que estará sob a coordenação da fotógrafa e professora da Unicap Renata Victor, vai contar com a experiência da pesquisadora e antropóloga Georgia Quintas e do fotógrafo e professor Eduardo Queiroga.
Eduardo vai trazer à tona a experiência do Fotolibras, onde trabalha como educador. O projeto começou como planejamento em 2006, e iniciou sua primeira turma em 2007, para expor a fotografia para jovens surdos. “A ideia do Fotolibras não é de apenas ensinar a técnica da fotografia. Nosso foco é de mostrar a fotografia como linguagem alternativa para esses jovens. Discutir a fotografia, mostrando que ela é um poderoso meio de comunicação. A partir disso, queremos que os alunos ganhem confiança para também utilizar a fotografia em benefício deles”, explicou Eduardo.
O projeto deu certo e tem formado muitos multiplicadores. Da primeira turma de 2007, já surgiram educadores, que hoje repassam o que aprenderam no Fotolibras para outros. Dessa maneira, a fotografia vai sendo utilizada pelos alunos como um dos canais possíveis para a comunicação com o mundo, ou melhor, como instrumento de inclusão social.
A pesquisadora Georgia Quintas trará um estudo diferenciado para tratar do tema da inclusão social, fruto da sua tese de doutorado pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Georgia pretende discutir a temática tomando como partida álbuns de família da aristocracia canavieira em Pernambuco no século 19. “A partir de uma análise sociocultural das imagens pesquisadas, remontei símbolos sociais e culturais determinantes para a aristocracia canavieira, que são característicos das relações sociais da época. As amas de leite foram uma figura presente e muito importante dentro desses álbuns. A relação afetiva de dominação da aristocracia para com essas mulheres pode ser identificada nessas imagens.”