Boletim Unicap

Mais de 20 escolas participam do 3° dia do Católica In

Fotos: Marina Maranhão

O Católica In teve continuidade nesta quarta-feira (1º) com programação voltada para os cursos do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS). O evento começou às 14h, no auditório G2, e contou com a participação de estudantes do ensino médio de mais de 20 escolas, entre públicas e privadas.

Na solenidade de abertura, estiveram presentes a coordenadora geral de Graduação e coordenadora do evento, Verônica Brayner; os coordenadores de Ciências Biológicas, Vital Cunha; Terapia Ocupacional, Márcia Crócia; Gestão Hospitalar e Fonoaudiologia, Conceição Silveira (coordenadora em exercício); Fisioterapia, PauloVeiga; e Psicologia, Albenise Lima, além do diretor do CCBS, Aranildo Rodrigues de Lima, e da coordenadora do 1º ciclo, Fátima Breckenfeld

Uma das oficinas do dia foi a de Botânica, na qual os alunos do ensino médio puderam conhecer um pouco mais sobre a área e foram além da teoria, realizando uma Exsicata – coleta de uma planta e, posteriormente, a catalogação desse material. Esta última ação é importante para fins de estudo botânico. Nela, há informações sobre o local, o tipo de planta, família a que pertence, entre outras informações para estudo e arquivamento de informações. De acordo com a estudante do Porto Digital, Liliane Xavier, a oportunidade foi ótima para tirar dúvidas. “Depois de hoje, o meu interesse pela área aumentou”, afirma.

Durante a oficina de Citologia, acontecida no laboratório de Histologia, o professor Amaro Andrade apresentou para os participantes o que é a citologia e o tipo de método utilizado nas pesquisas. Definida por Andrade como “a parte da biologia que estuda, através da mocroscopia, as células, os tecidos e os órgãos sobre três aspectos: morfológicos, químico e funcional”, a citologia foi vivenciada já no encontro pelos alunos. Eles, junto com o professor, prepararam lâminas para serem observadas. “Foi muito interessante a atividade”, segundo a estudante da Escola Vila Sésamo, Andreza Gomes. “Já tinha ido a um laboratório, mas aqui eu posso tirar todas as dúvidas que tenho com alunos que estão estudando minha área de interesse”, completa.

A oficina de Zoologia, por sua vez, foi comandada pelo professor Sérgio Almeida. Depois da explicação teórica sobre a área, o professor abordou as três fases – aplicação de formol, congelamento e utilização do Cloreto de Magnésio – por que passam uma análise de material, e realizou um experimento com os alunos. Na ocasião, os presentes analisaram dois tipos de algas para verificarem os animais presentes em cada uma.

Posteriormente, passaram o material em uma peneira, a fim de separar os animais das algas e, por fim, observaram o resultado na lupa. O estudante do 3° ano do Colégio Decisão, Gustavo Pimentel, garante que a oportunidade valeu muito a pena: “Estou gostando muito e está sendo bastante esclarecedor pra mim, que me interesso pela área de zoologia”, declarou.

Já na oficina de Reciclagem, realizada pela professora Catarina Albuquerque, os estudantes aprenderam a reaproveitar materiais que, para muita gente, não teriam utilidade alguma, chamados resíduos. Mas para a estudante do Othon Paraíso, Suelen Albuquerque, esse material é uma fonte de diversão e possibilidades para quem tem criatividade. “Já reciclo na minha casa. Podemos fazer tanta coisa reaproveitando o material descartado nas casas e indústrias”, afirma.

Entretanto, a ação de reciclar vai além do reaproveitamento. “ Quando reciclamos, estamos também ajudando na preservação ambiental, um vez que estamos evitando que esses materiais vão para a natureza e demorem muito tempo para se decompor”, afirma a professora.

Já na oficina de Anatomia, ministrada pelo professor Aluízio Bezerra, os estudantes conheceram o funcionamento do corpo humano através do estudo de modelos/bonecos. Dessa forma, “eles puderam identificar as localidades de cada órgão”, afirma o professor. Para a estudante do 3° ano do Colégio Nossa Senhora do Carmo, Luanna Soares, essa foi a segunda oficina realizada no Católica In. “Fiz fotografia na segunda-feira e, agora, anatomia. Foi ótimo conhecer as duas áreas, ajudou muito”, revela.

No bloco B, os estudantes do Ensino Médio participaram das oficinas “Como falar em público”, “Saúde auditiva” e “Os afazeres da psicologia”. A oficina “Como falar em público” foi realizada na sala 824, no 8º andar, e foi realizada pela coordenadora em exercício dos cursos de Fonoaudiologia e Gestão Hospitalar, professora Conceição Silveira.

A professora Conceição falou da importância da oficina. “Falar em público, a oratória, na contemporaneidade é algo que tem sido muito exigido. Desde a entrevista de emprego, até a sua atuação profissional. Hoje, qualquer que seja a profissão, você realmente precisa ter um diferencial na comunicação e aí, esse medo precisa ser, desde já, minimizado e, para isso, precisamos fazer vivências.”

O aluno do Colégio Santa Emília, Vítor Hugo Alves Soares, de 17 anos, falou sobre a oficina. “Essa oficina de como falar em público está superbacana. A oficina envolve a gente, a gente se sente bastante integrado e a professora Conceição passa o conteúdo de forma clara e fácil. Essa oficina vai servir com certeza para o meu dia a dia, porque eu faço teatro, faço várias outras coisas relacionadas à arte. É sempre bom aprender como  falar melhor em público.”

Na Clínica de Fonoaudiologia, no 6º andar, os alunos foram recepcionados pela professora Elisabeth Coelho. Assim que eles chegaram, eles foram informados sobre o funcionamento da Clínica, as cabines de atendimento, quais atendimentos são realizados e a supervisão de estágio, que é realizado no último ano do curso, tanto na parte de áudio como na parte de terapia. Há 12 cabines de atendimento com supervisão de um professor. “Aqui nós realizamos atendimentos à população, na parte de linguagem, linguagem escrita, gagueira, a parte neurológica, motricidade oral”, explicou a professora.

Em seguida, os inscritos no Católica In participaram da oficina de “Saúde Auditiva”, ministrada pelo professor Paulo Marcelo Freitas de Barros, que falou da importância da oficina. “Queria eu, na minha época, ter tido essa oportunidade. Você ver como o profissional trabalha e conhecer os detalhes, isso vai ajudar a pessoa a escolher o rumo de sua vida profissional. A gente sabe que decidir a profissão é muito difícil. Agora, a gente sabe que para fonoaudiologia o mercado está muito aberto. Eu estou precisando de pessoas para trabalhar lá em Suape e não tenho, falta profissional. O mercado está precisando”, ressaltou.

Para Eli Leite de Brito Filho, de 16 anos, aluno do Colégio Porto Digital, a experiência está sendo muito interessante. “Estou gostando de aprender sobre novas áreas que eu ainda não conhecia, porque minha visão não era muito ampla e essa oportunidade está sendo muito boa pra mim. Uma coisa muito bacana, que aprendi aqui, foi como funciona o aparelho auditivo humano e sua complexidade. É muito interessante.”

A aluna Laís Silva de Araújo, de 17 anos, que estuda no Colégio Presbiteriano Agnes Erskins, gostou da oficina. “Eu gostei muito. O professor Paulo explicou com detalhes como funciona o aparelho auditivo, mostrou quais os problemas que causam a surdez e as áreas de atuação do fonoaudiólogo. Eu achava que o fonoaudiólogo trabalhava apenas com a parte da voz, boca e garganta e eu descobri que ele trabalha também com audição. Achei bem interessante.”

A terceira oficina foi “Os afazeres da psicologia”, realizada no 5º andar do bloco B, na sala 510, ministrada por professoras e alunas do curso de Psicologia da Católica. A professora Marília Rique de Souza Brito Dias falou do que foi abordado no encontro. “A gente trabalhou três ênfases que são do currículo do curso de Psicologia. A gente trabalhou a ênfase da clínica, a psicossocial e a organizacional. A participação dos estudantes do Ensino Médio no Católica In é crucial, exatamente pela questão da orientação profissional. São jovens que, de uma maneira geral, ainda estão decidindo o que que querem fazer, ainda não têm a certeza e aí ter uma noção do que é a psicologia, onde a gente atua e dizer que a psicologia não se resume à clínica amplia o conhecimento deles para que possam fazer uma escolha mais consciente.”

Maria do Carmo Gomes Medeiros, de 17 anos, estudante do Colégio Centro Educacional Balão Mágico, de São Lourenço da Mata, adorou a iniciativa. “A oficina deixou mais claro qual é a diferença entre as áreas de atuação de um psicólogo.” Isis de Santana Silva, de 17 anos, também aluna do Colégio Centro Educacional Balão Mágico, falou da importância da oficina. “Eu percebi que a área de atuação da psicologia é bem ampla. Eu posso escolher várias áreas de atuação no mesmo ramo. Trabalhar com gente é legal. Já defini o curso que quero fazer, farei psicologia.”

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