Luigino Bruni aborda aspectos da economia de comunhão em seminário no Recife
|Durante à tarde de ontem (12), aconteceu o seminário “Novas relações econômicas a partir da perspectiva de comunhão”, no qual o professor italiano de economia política, Luigino Bruni, foi responsável pela explicação da palestra. O evento foi realizado no auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (Fcap), e contou com o apoio da Universidade Católica de Pernambuco e do Instituto Humanitas Unicap.
Luigino Bruni, que faz parte do Movimento dos Focolares (um dos maiores movimentos da economia de comunhão do mundo), explicou como esse movimento começou e alguns aspectos principais sobre o tema. “A italiana Chiara Lubich, percorrendo a cidade de São Paulo em 1991, ficou sensibilizada pelo local ter tanto edifícios e ao mesmo tempo existir grandes extensões de favelas. Então, resolveu elaborar a Economia de Comunhão. O seu principal objetivo seria que o lucro das empresas fossem partilhados”, afirmou Bruni.
Outro ponto que o professor italiano abordou foi que essa “nova economia” é um projeto que se preocupa com as relações. De acordo com Bruni, o aspecto importante trata-se, dos mais pobres e a necessidade de investir na formação de pessoas que possam contribuir para a construção de um mundo melhor.
O palestrante falou que para ele, dentre os assuntos importantes que envolvem a economia de comunhão, o que se deve chamar mais atenção é o capitalismo. No final do seminário, Luigino Bruni afirmou que no Brasil a nova economia pode da certo. Porque esse país tem uma grande força e poder comunitário e que deveria fazer isso através da inclusão. O evento terminou com o professor respondendo a várias perguntas feitas pelos presentes na palestra.
Assisti a ótima palestra do Prof. Bruni. A Economia de Comunhão (EdC) é certamente a mais importante alternativa para um mundo centrado na ambição, sem compromisso com o humano e imobilizado pelas próprias amarras. É uma estratégia inteligente e viável, porém exige mudança de mentalidade, educação para a partilha. A vitalidade e a beleza das propostas são contagiantes, por isso precisam ser divulgadas antes que o efeito dominó da decadência financeira dos grandes nos atinja também. Como poderemos continuar a divulgar e ensinar a EdC na UNICAP?