Alunos do Liceu participam da oficina de capoeira
|Começou segunda-feira (20) mais uma atividade do “Articulando conhecimentos, resgatando saberes”, projeto desenvolvido pelo Instituto Humanitas Unicap, em parceria com o Liceu Nóbrega.
O projeto está oferecendo aos estudantes do Ensino Fundamental uma Oficina de Capoeira. As aulas acontecem todas as segundas e quartas-feiras, das 15h às 16h, em um ambiente especialmente preparado para as atividades, que se estenderão até o final do mês de junho. Restam poucas vagas disponíveis, os interessados devem procurar a secretaria da escola e fazer a inscrição.
A capoeira está ligada diretamente à formação da sociedade brasileira. Reúne cultura popular, dança, disciplina e música. Tudo que os pré-adolescentes precisam para liberar as energias acumuladas depois dos estudos. A atividade começou a ser realizada pelo Liceu na última segunda-feira(20) e já conta com uma turma de vinte alunos.
A mestra Daniela Ferraz, praticante de capoeira há mais de vinte e seis anos, contou sobre a importância e as mudanças comportamentais mais frequentes em quem pratica a atividade. “Há quinze anos eu me dedico ao ensino dos pequenos. Eu sempre converso com as mães e elas relatam que os filhos ficaram mais calmos e concentrados nas atividades”, contou ela, que também faz parte do grupo de capoeira da Católica, o Chapéu de Couro.
A dona de casa Cleide Queiroz trouxe o filho Júlio Cezar, 12 anos, e contou sobre o que a motivou para inscrever o filho na capoeira. “É uma maneira que ele tem de extravasar. Eles reservaram uma sala, compraram tatames, instrumentos e chamaram uma professora que tem muito jeito com as crianças”, relatou ela, afirmando que essa é uma forma de educar os mais jovens e de tirá-los da violência.
A turma é variada, tem alunos de todas as estaturas e estrutura corporal, mas até agora apenas uma menina faz parte do grupo, a estudante do 8° ano Maria Clara, 12 anos. Ela contou como é ser a única representante feminina dentro da “roda” da oficina de capoeira do Liceu. “Sou a única menina, mas encaro qualquer um deles nas aulas. Meu padrasto pratica e ele já tinha me ensinado algumas técnicas. Quando eu soube da oficina, corri pra fazer minha inscrição”, contou ela.
Um dos mais desenrolados no gingado é o estudante do 8° ano Willams Ferreira, 13 anos. Ele defende com unhas e dentes a prática da capoeira. “Teve gente da minha sala falando que fazer capoeira é coisa de maloqueiro, mas não é. Aqui aprendemos que é uma arte antiga. Acabou agora nossa segunda aula, mas não vejo a hora de voltar na segunda-feira”, frisou Willams, também praticante de Karatê.
Informações pelo telefone 2119-4112.