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IV Jornada Laclife discute práticas psicológicas e intervenções clínicas

LaClife (3)
Fotos: Gustavo Gloria

A programação da IV Jornada do Laboratório de Psicologia Clínica Fenomenológica Existencial (Laclife) seguiu na tarde desta segunda-feira (14) com duas mesas-redondas realizadas no auditório G1. O evento teve um tom de conversa sobre o andamento de dissertações e teses de alunos de programas de pós-graduação em Psicologia. A primeira mesa fez uma abordagem sobre propostas de intervenção clínica. Já a segunda tratou de fenômenos urgentes para uma prática psicológica.

O doutorando Wellington Martins Lira falou sobre terapia comunitária com agentes de segurança pública. “A incidência de problemas psicológicos e psiquiátricos aumentou muito. E há uma relação com a redemocratização do país. Na época da ditadura, esses agentes usavam a violência contra a população para ‘desestressar’. Hoje em dia, isso não é mais possível graças aos mecanismos de monitoramento”, explicou Wellington.

A doutoranda Danielle de Fátima da Cunha falou sobre “a prática psicológica com família e clínicas escola: interrogações a partir da fenomenologia existencial”. De acordo com ela, um dos objetivos de sua tese é problematizar os serviços em clínicas escolas e sua relação com os atendimentos às famílias.

Encerrando as explanações da primeira mesa-redonda, a doutoranda Suelly Emilia de Barros Santos abordou o tema “arru(a)ção: um olhar fenomenológico existencial”. O termo arru(a)ção estabelece um significado com a ação clínica na rua. Suelly relatou a sua experiência no Morro do Bom Jesus, em Caruaru. O lugar, que é cenário de seu objeto de estudo, tem um histórico de pobreza, violência e tráfico de drogas. “Essa comunidade também tem aspectos positivos. Cheguei lá através do movimento Hip Hop”, disse ela ao explicar um dos objetivos de sua tese: como a ação clínica se mostra neste cotidiano ( no caso o desta comunidade). A mesa teve a mediação da mestranda Viviane Rodrigues Dolomieu.

 

A segunda mesa-redonda, que teve como mediadora a mestranda Ítala Daniela da Silva, começou com a apresentação do doutorando Alisson de Meneses Pontes. Ele falou sobre “a importância do sentido da vida no contexto do HIV/AIDS: uma intervenção clínica”. Em seguida, foi a vez da mestranda Silvana Santana. Ela abordou “as contribuições da psicologia nas políticas de ressocialização do Sistema Prisional de Pernambuco”.

Já a doutoranda Zirlana Menezes Teixeira traça uma relação entre saúde, espiritualidade e trabalho. Ela tomou como ponto de partida a sua experiência de 21 anos como psicóloga do trabalho no setor bancário. Em 2003, ela elaborou uma dissertação sobre o contexto deste segmento: “rearrumação, extinções, fusões e privatizações no final dos anos 90. Naquela época, o profissional tinha orgulho de trabalhar em banco. Essas mudanças causaram muitas angústias nesses profissionais. Na pesquisa atual, eu busco referenciais a partir deste estudo para traçar novos caminhos”.

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