Boletim Unicap

Integrantes do Instituto Humanitas Unicap participam de peregrinação no interior da Paraíba

Até o próximo dia 8 de julho, integrantes do Instituto Humanitas Unicap (IHU) viverão uma experiência única de partilha e de rememoração de personalidades que marcaram a luta por justiça social e solidariedade.
Embarcaram na iniciativa do Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste (GGPN), o professor do curso de Teologia Artur Peregrino e os funcionários da Católica Silvia Maria de Souza, da Diretoria de Recursos Humanos (DRH), e Carlos Vieira, do próprio IHU.
Junto com os demais participantes, eles vão visitar locais históricos de oito cidades do interior da Paraíba. São 130 quilômetros entre Alagoa Grande e Santa Fé do Ibiapina.
O percurso está sendo feito a pé. Os participantes não levam dinheiro ou comida. Eles se alimentam daquilo que é oferecido pelas comunidades, num gesto de partilha e comunhão.Alagoa Grande é a terra da líder sindical Margarida Alves, assassinada na década de 1980 por defender os trabalhadores rurais. A cidade foi onde também nasceu Jackson do Pandeiro. Haverá celebrações em memória de Margarida e do Padre Ibiapina, que foi um grande missionário do Nordeste no século XIX.A peregrinação também celebra a memória do Padre José Comblin, considerado um grande teólogo da libertação. O missionário criou o Seminário Rural de Serra Redonda, dando a oportunidade de os filhos dos agricultores estudarem a chamada ‘Teologia da Enxada’. Comblin teve mais de 50 obras publicadas e traduzidas em vários idiomas.

“Tudo está sendo preparado com muito carinho. Esta será uma peregrinação da memória e da presença. Da festa e da luta. Celebraremos a memória daquelas e daqueles que continuam vivos na caminhada da libertação”, diz um trecho do texto escrito pelo professor Artur Peregrino no site do IHU.

A peregrinação, que acontece há 31 anos, será encerrada no santuário de Santa Fé do Ibiapina com uma missa presidida pelo Arcebispo Emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires.

GGPN – O Grupo de Peregrinas e Peregrinos do Nordeste (GPPN) nasceu há 31 anos, sendo composto por homens e mulheres (crianças, jovens, adultos e pessoas idosas), naturais de toda parte do Brasil.  É uma experiência ecumênica com membros de várias igrejas cristãs como também de outras tradições religiosas. Tem como carisma caminhar segundo o chamado de Jesus: “E enviou-os a pregar o Reino de Deus, e a curar os enfermos. E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas” (Lucas 9:2-3).  Deste modo, andam sempre a pé, não utilizam e nem recebem dinheiro e não carregam comida. Toda sua manutenção, durante o período da peregrinação, resulta da partilha que as comunidades fazem. Alimentam-se do que lhes é ofertado, partilhando com a comunidade. Suscitam, assim, a comunhão e a confiança nos lugares por onde passam.

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