Boletim Unicap

Fotógrafo Paulo Maia expõe na Biblioteca Central da Unicap

Foi aberta, nesta terça-feira (26), na Biblioteca Central da Universidade Católica de Pernambuco, a exposição “Sobre vivências”, do fotógrafo Paulo Maia.  Com curadoria da coordenadora do curso de Fotografia da Unicap, Renata Victor, estão sendo expostas 36 fotos das atividades pesqueiras realizadas no estuário de Rio Formoso. O trabalho é resultado de uma parceria com a professora e pesquisadora do curso de Ciências Biológicas da Unicap, Profª Drª Goretti Sônia-Silva, que há mais de 10 anos desenvolve pesquisas e atividades de educação ambiental na região. A exposição, que faz parte da programação da Virada Pascal promovida pelo Instituto Humanitas Unicap, ficará aberta ao público até o dia 5 de maio. Confira abaixo o texto de apresentação elaborado pela oceanógrafa Goretti Sônia-Silva.

APRESENTAÇÃO

A natureza dinâmica dos ecossistemas litorâneos deve ser considerada uma estratégia integrada de desenvolvimento como uma base sustentável; sabe-se que direta ou indiretamente, boa parte da dieta alimentar das comunidades costeiras provém de recursos pesqueiros. Foi a partir disso, juntamente à preocupação por questões ambientais que há alguns anos venho pesquisando a inter-relação “Homem e Ambiente”.  O estuário de Rio Formoso (PE,Brasil)  tem sido  o  cenário  destas indagações, e o ser humano, sem dúvida, a  fonte de inspiração desta pesquisa, pois  quando buscamos a  valorização da vida real das pessoas, estamos resgatando a história da  humanidade.

Visto assim, o manguezal de Rio Formoso reflete uma teia de vidas biológicas.  O conhecimento socioambiental referente à “arte de pesca” é passada das gerações ascendentes para as descendentes pela oralidade e pelo aprendizado prático. Uma relação complexa, porém marcada por dignidade e meios distintos de subsistência. Por isso, para este trabalho, as imagens assumem um papel fundamental para comunicar tal realidade.

Por trás de todo esse poder “documental”, estão os profissionais da fotografia que focam e definem os fragmentos de uma realidade a ser registrada.  É neste contexto que o jesuíta Paulo Maia (fotógrafo) se integrou nesta pesquisa.  Um trabalho, com certeza, de caráter ambiental e ético. Outrossim,   acreditamos que a busca de uma sensibilização ambiental,  estampada em  fotografias do próprio ambiente em que vivem  as pessoas,  possa  ser um indicador de relevância na historia de muitas vidas. A Educação Ambiental deve ser uma das ferramentas iniciais para o resgate de uma cidadania e gerar mudanças no comportamento humano.

É preciso um olhar crítico para as questões referentes à vida; faz-se necessário um olhar social acerca da sustentabilidade humanitária.

Que o homem desenvolva, portanto, uma ética ambiental a respeito do equilíbrio ecológico e qualidade de sua própria vida. “O indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, e atitudes voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como de uso comum da comunidade, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

Profa. Dra. Goretti Sônia-Silva (Oceanógrafa)/CCBS

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