Fé e Alegria realiza aula em homenagem a Luiz Gonzaga

Na última sexta-feira (10), a aula temática em homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga começou animando a todos os presentes ao som do baião.  O evento foi realizado pela Fundação Fé e Alegria em Pernambuco (Fya), juntamente com a Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) para os alunos do GAPA (Grupo de Apoio Pré-Acadêmico tradicional e seriado), no auditório G2 da Católica.

O professor Paulo Cardoso falou da importância do centenário do Reio do Baião e como isso pode influenciar nas provas dos vestibulares. O professor de física Josué Velozo iniciou contando a história de Luiz Gonzaga, explicando sobre quem foi o compositor, instrumentista e cantor, que com suas raízes nordestinas cantava sobre o amor, a saudade, referindo-se sempre a sua terra. A professora Renatta Carolina agitou a todos com a música “Aquarela Nordestina” para falar do ecossistema do Nordeste, mostrando que Gonzagão canta a seca dos rios, evidenciando a tristeza. A professora falou sobre a classificação científica das aves citadas na canção: Juriti, Acauã, Inhambú e Asa-branca, falando do reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie, estado de conservação e sinônimos.

Com o tema: “As vidas secas dos retirantes e a partida da Asa-branca – uma interdisciplinaridade da música e da pintura”, a professora Suellen Rafaela falou da necessidade de partir, do homem fora do seu meio, relacionando com a obra “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, que conta uma história de uma família de retirantes que saem da sua terra por causa da seca em busca de uma condição melhor. Mostrou as pinturas de Cândido Portinari, “Os retirantes”, citando o expressionismo, que mostra uma percepção do mundo, e terminou com a canção “Asa Branca” de Luiz Gonzaga, que traz como tema a seca e tem uma crítica social bastante presente.

Para mostrar o lado geográfico, o professor José Alves falou da importância dos rios na vida do homem sertanejo.